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Enviada em: 22/07/2019

Os avanços da medicina têm aumentado a expectativa de vida do ser humano. Nesse contexto de progresso, nunca se viveu tanto e com tantas possibilidades para viver bem. Entretanto, no Brasil, mesmo as pessoas tornando-se mais velhas, essas desenvolvem, comumente, problemas de saúde por causa do sedentarismo, o que é consequência da falta de incentivo aos idosos para praticar atividades físicas. Com efeito, deve-se analisar como a negligência do Poder Público e a omissão escolar influenciam na falta desse estímulo.    Em primeiro plano, evidencia-se que a indiferença do governo para com os idosos impede essa população de praticar exercícios físicos. Isso acontece porque - segundo o jornalista Gilberto Dimenstein - no Brasil, os cidadãos não possuem direitos garantidos na prática, apenas no papel, uma vez que a constituição de 1988 assegura direitos fundamentais como saúde e bem-estar, mas essas garantias não chegam integralmente para os mais velhos, pois não há incentivo à prática de esportes, o que, a longo prazo, prejudica a saúde dessa população. Isto posto, é imprescindível que o governo estimule e crie oportunidades para os idosos praticarem atividades físicas, o que melhoraria a qualidade de vida deles.    De outra parte, a omissão da escola na formação extracurricular, com foco no esporte, impede os idosos adquirirem, desde cedo, o hábito esportivo. Isso porque - de acordo com Paulo Freire - o modelo educacional brasileiro preocupa-se apenas com a reprodução de conteúdos, o que, por consequência, acaba ausentando-se na formação interdisciplinar dos indivíduos. Nessa realidade exposta por Freire, a escola não estimula a população na prática de esportes, o que acarreta no envelhecimento dessa sem adquirir o hábito para exercita-se que, como resultado, prejudica exponencialmente a sua qualidade de vida. Logo, é fundamental a desconstrução desse modelo educacional, no qual não potencializa a formação extracurricular do cidadão como a educação física, por exemplo.    Urge, portanto, a necessidade de melhorar a qualidade de vida dos idosos, por meio da atividade física e, para isso, as Prefeituras devem estimular os mais velhos para praticarem esportes, mediante dinâmicas nas praças e nas quadras escolares, com o intuito de criar oportunidades para os idosos se exercitarem e, consequentemente, melhorarem sua qualidade de vida. Ademais, cabe ao Ministério da Educação intensificar aulas de educação física, por meio da alteração do currículo escolar, para proporcionar aos cidadãos uma formação que focalize, também, a prática esportiva, o que faria os indivíduos envelhecerem com o hábito de praticar esportes, melhorando, dessa maneira, a sua qualidade de vida na terceira idade. Assim, os idosos teriam uma vida melhor graças ao esporte.