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Enviada em: 22/08/2019

Os avanços médico-hospitalares promovidos pelo conhecimento científico ainda nas décadas finais do século XX ilustram na sociedade brasileira novas perspectivas: elevação da expectativa de vida e maior preocupação com a saúde. Essas constatações, quando pensadas em conjunto, ilustram a importância das atividades físicas sobre a qualidade de vida dos idosos, processo que não se encontra restrito à condição física, mas que é pouco oportunizado ou ineficientemente oferecido pelos órgãos competentes.   Em um primeiro momento, a atividade física é fator de integração e interação social do idoso. De acordo dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 1/3 da população brasileira é sedentária, ou seja, isenta da prática de quaisquer atividades corporais. Essa condição, quando pensada sobre a população idosa, revela um paradoxo entre a expectativa de se viver mais e a realidade de se viver mal, haja vista que as atividades físicas promovem benefícios corporais, psicológicos e são fatores de integração e interação do idoso na sociedade. Nesse sentido, são necessárias medidas que visem incluir ao cotidiano dos idosos a movimentação corporal, a exemplo da caminhada.   Além disso, verifica-se que a atividade física é pouco oportunizada ou ineficientemente oferecida às diversas faixas etárias. Para tanto, torna-se necessário citar-se a ausência ou a pouca quantidade de locais públicos destinados ao lazer e às práticas corporais. Ainda que existam praças com equipamentos de ginástica, em muitas das vezes estes não são de fácil utilização, principalmente aos idosos, e não contam com profissionais ou mesmo instrutores que possam auxiliar a execução dos movimentos. Nesse sentido, a população idosa acaba por se restringir ao ambiente doméstico, inviabilizando ou mesmo diminuindo sua condição de participar de deliberações, principalmente políticas, fundamentais à sociedade.   Fica claro, portanto, que as atividades físicas voltadas ao público idoso são fundamentais. Nesse sentido, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, deve promover investimentos em áreas de lazer, como praças públicas e parques, visando garantir ao público idoso e aos demais indivíduos condições para se exercitarem, amparados por equipamentos de ginástica e por profissionais, como professores de educação física, que possam instruí-los. Ademais, cabe à mídia a missão de trazer a necessidade de se vencer a sedentarização, a qual pode ser realizada por meio de campanhas publicitárias divulgadas em rádios e televisão.