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Enviada em: 03/09/2019

"Negar os direitos humanos das pessoas é questionar sua própria humanidade." A declaração de Nelson Mandela, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1993, contextualiza o direito das pessoas gozarem de seu envelhecimento saudável. Assim sendo, prudente se faz análise das ações desenvolvidas para estímulo de atividades físicas, e as políticas públicas adotadas para melhora da qualidade de vida dos idosos.       Geralmente ligadas às Secretarias de Ação Social de cada município brasileiro, os chamados clubes do vovô ou clubes da terceira idade - para OMS corresponde a população entre 50 e 77 anos - são responsáveis não só por proporcionar atividades físicas como danças, caminhadas e alongamentos, mas também palestras de cuidados à saúde. Essas iniciativas, são consoantes com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, ao afirmar que idosos praticantes de alguma atividade física, em duas vezes por semana, reduzem em 20% casos de infarto.       Em contrapartida, apesar da recente popularização dos espaços públicos conhecidos como academias da terceira idade, dados Ministério das Cidades publicados em 2018, indicam que em 40% dos municípios brasileiros elas não existem. Além desses espaços, há necessidade de acompanhamento profissional para prática esportiva, e, conforme pesquisa do Conselho Federal de Educação Física, ela ocorre em apenas 12% dos municípios. Portanto, a simples instalação de equipamentos ou é medida inócua, ou é capaz de trazer malefícios à saúde dos usuários.       Em síntese, o jargão popular "a mão que afaga é a mesma que bate" se amolda neste tema. Os governos municipais, por meio de suas secretarias, acariciam no sentido de lançarem mão de diversos artifícios para promoção da plenitude da saúde física dos idosos. Todavia, as outras esferas governamentais, agridem pela precariedade na integração de ações e deficiência no repasse de recursos financeiros. Desenvolver oficinas para troca de experiências entre os diferentes entes federativos é medida ideal para proporcionar melhor qualidade de vida à população senil.