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Enviada em: 30/10/2018

Na obra literária A República, o filósofo grego Platão defende a construção de uma sociedade utópica no qual teria como alicerces a justiça e a igualdade entre os indivíduos. Todavia, a sociedade hodierna apresenta uma realidade contraditória ao ideário platônico em face da acessibilidade dos deficientes. Nesse contexto, torna-se de extrema importância a discussão dessa temática e quais seus impactos para o corpo social.  Historicamente, um dos lemas fundamentais do Iluminismo era a igualdade. Entretanto, apesar da Constituição Cidadã defender o mesmo pressuposto no artigo 5º,de acordo com o IBGE, em 2015 cerca de 5,75% da população de deficientes tinha a participação ativa no mercado de trabalho. Dessa maneira, percebe-se que essa parcela significativa do país não obtém a garantia de igualdade de oportunidades em diverso âmbitos sociais,  tornando-se marginalizada perante a nação canarinha.   Ademais, de acordo com a ideologia do sociólogo Bauman, uma das características da sociedade pós moderna seria o individualismo. Analogamente ao fato supracitado, é notório que a atitude pouco empática da população juntamente com o descaso governamental em relação a temática, advém desse individualismo. Como consequência, o quadro de negligência perante a questão se agrava e dificulta o cotidiano dos indivíduos deficientes.    Portanto, para a resolução dessa problemática é necessário que o órgão público responsável  fiscalize com maior rigor  se os espaços públicos e os estabelecimentos do país cumprem as normas constitucionais referentes a inclusão e acessibilidade de deficientes, com o intuito de garantir o exercício do artigo 5º da Carta Magna brasileira. Outra alternativa,seria a mídia juntamente com as instituições escolares promoverem campanhas publicitárias, peças teatrais e palestras para a população, a fim de conscientizar a sociedade sobre a importância de garantir a acessibilidade a todos. Dessa forma, seria garantida a construção de uma sociedade mais empática,justa e igualitária, na qual Platão sentiria orgulho.