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Enviada em: 23/08/2019

De acordo com o sociólogo Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um “corpo biológico” por ser composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja equitativo e harmônico, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Contudo, no Brasil, isso não ocorre, pois em pleno século XXI as pessoas com algum tipo de deficiência são excluídas e a acessibilidade deixada de lado.   Em primeiro lugar, a Constituição cidadã de 1988 garante educação inclusiva de qualidade aos deficientes e mobilidade, todavia o Poder Executivo não efetiva esse direito. De acordo com Aristóteles no livro "Ética a Nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo se verifica que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil à medida que a oferta não apenas da educação inclusiva, como também da preparação do número suficiente de professores especializados no cuidado com surdos, cegos, cadeirantes e outras minorias, não está presente em todo o território nacional, fazendo os direitos permanecerem no papel.     Por outro lado, o preconceito da sociedade ainda é um grande problema. Tristemente, a existência da discriminação é reflexo da valorização dos padrões criados pela consciência coletiva. No entanto, segundo o pensador e ativista francês Michel Foucault, é preciso mostrar às pessoas que elas são mais livres do que pensam para quebrar pensamentos errôneos construídos em outros momentos históricos. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para transpor as barreiras à inclusão e acessibilidade social.     Torna-se claro, portanto, que o meio esportivo e o campo educacional são de extrema importância para a inclusão dos cidadãos com deficiência. Sendo assim, o governo deve investir em projetos gratuitos para deficientes, por meio da criação de centros esportivos e culturais, além de melhorar a acessibilidade urbana para que todos desfrutem dos espaços sociais, garantindo o respeito e a igualdade de direitos. Ademais, as escolas precisam capacitar os profissionais de educação, por meio de cursos específicos, para que lidem de forma adequada com crianças deficientes. Por fim, a mídia deve cumprir plenamente sua função social, desmistificando a deficiência física através de propagandas e ficção engajada para erradicar o preconceito.