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Enviada em: 10/05/2017

A crise da mobilidade enfrentada pelos deficientes atualmente solidifica o individualismo como uma doença da humanidade. Dentre os aspectos relevantes, destacam-se a ausência de conscientização pública e a negligência do Estado em garantir a acessibilidade como propulsores dessa segregação social.   Nesse contexto, não há dúvidas que a invisibilidade suportada pelos deficientes traduz-se como o maior desafio da inclusão. A falta de oportunidade no meio profissional, por exemplo, impulsiona a limitação da autonomia dos deficientes e corrobora para o crescimento do preconceito, denotando a ausência de consciência da sociedade quanto a importância da acessibilidade. Logo, mister se faz a promoção de políticas de inclusão social, inclusive, com incentivos fiscais por parte do poder público como meio de instituir uma cultura solidária na rotina do país.    De outro lado, em que pese a promulgação da lei 10098, que traz regras de acessibilidade, pouco se vê o cumprimento das normas por empresas e pelo próprio Estado. Sabe-se que os obstáculos quanto a mobilidade existem e refletem consequências alarmantes aos portadores de deficiência, sendo certo que acarretam a privação da liberdade, do lazer e, consequentemente, de uma vida digna , demonstrando o descaso estatal em relação a essa classe. Sendo assim, a iniciativa da regulamentação só é válida quando somada á fiscalização de modo que seja garantido os direitos assegurados aos deficientes.    Por todo exposto, verifica-se, portanto, que a garantia da acessibilidade diz respeito ao mínimo existencial do indivíduo e realça a solidariedade humana. Nesse sentido, é necessário a fixação de campanhas que denotem a importância da inclusão social na vida dos portadores de deficiências, estipulando uma isonomia formal entre toda a sociedade, sendo de imensurável importância, ainda, a fiscalização do Estado quanto aos direitos já assegurados aos deficientes, de forma a garantir a dignidade que lhe é inerente.