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Enviada em: 09/07/2017

De acordo com o artigo I da declaração dos Direitos Humanos, todos os cidadãos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. No entanto, a falta de acessibilidade para todos mostra uma ineficácia desses direitos. Sob esse aspecto, convém discutirmos essa desigualdade e propor medidas eficazes que revertam o quadro atual.       Em um primeiro plano, é possível observar dentre os impasses encontrados pela ausência da acessibilidade unânime, a dificuldade de mobilidade encontrada pelos cadeirantes. Nesse contexto, é preciso citar o não cumprimento das regras de Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) como a ausências de rampas em diversos estabelecimentos, o que impossibilita o acesso ao local por essas pessoas. Some-se a isso, construções de rampas em locais inadequados, resultando em entraves para esses deficientes físicos. De acordo com uma reportagem do Jornal Nacional, as rampas de acessibilidade viraram obstáculos no interior de São Paulo, tendo em vista que árvores, degraus e até buracos, as acompanham. Dessa forma, fica evidente a dificuldade diária vivenciada por essa parcela da população.          Outrossim, deve-se destacar que a desigualdade de acessibilidade para todos não está confinada somente aos cadeirantes, mas também a portadores de outros diversos tipos de deficiências. Deficientes auditivos, por exemplo, encontram extrema dificuldade ao atravessar as ruas - por falta da emissão de um sinal sonoro do semáforo -, compreender o que está sendo falado na televisão, pela ausência da linguagem em libras. De acordo com o sociólogo Émille Durkheim, a sociedade é composta por partes que interagem entre si, assim como um “corpo biológico”. Sendo assim, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos.       Diante disso, impende ao Governo Federal fazer com que a lei Romário, a qual defende os direitos para portadores de deficiências seja, de fato, cumprida, investindo na fiscalização e aplicando multas no locais que não esteja havendo o cumprimento. Ademais, investir em tecnologia em prol de auxiliar o processo de inclusão, como semáforos que emitam som, além disso, tornar obrigatório propagandas e programas com a linguagem audiovisual. Por fim, a mídia pode desenvolver discussões por meio de debates que induzam sensibilidade e empatia para entender a necessidade do outro.