Materiais:
Enviada em: 21/10/2017

Mais um degrau   A trajetória de exclusão de pessoas com deficiência ocorre desde à antiguidade. Na Grécia antiga, os espartanos dedicavam-se à arte da guerra e os nascidos com deficiência eram sumariamente eliminados. Nesse contexto, no Brasil hodierno ainda persiste o preconceito e exclusão contra pessoas com diferença funcional. Dessa forma, urge que medidas sejam tomadas para que o direito de ir e vir - e permanecer - seja garantido para todos.    Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, revelam que mais de 45 milhões de brasileiros tem algum tipo de deficiência. Contudo, o espaço urbano e os edifícios, bem como a sociedade civil, setor público e privado, ainda não estão aptos a receber com dignidade esse relevante contingente demográfico. Todavia, recentemente foi aprovado no Brasil o 'Estatuto da Pessoa com Deficiência', que busca adequar a sociedade e tornar os ambientes acessíveis para inclusão de pessoas com necessidades especiais e mobilidade reduzida.    Não obstante, o panorama vigente permanece cercado de desigualdades sociais; haja vista a precariedade no acesso a edifícios e transporte, obstáculos para locomoção livre e segura, dentre outras, que corroboram para a segregação social dos indivíduos com limitações funcionais. Logo, essas barreiras acarretam dificuldades de inserção no mercado de trabalho, educação, lazer e convívio social.     É evidente, portanto, que apesar de existir Leis bem projetadas para pessoas com deficiência, os indivíduos e o Estado permanecem negligentes quanto à sua aplicação. É imperioso que a sociedade exija e o Estado fiscalize, em esfera pública e privada, a adequação de projetos de arquitetura e urbanismo inclusivos para toda população. Tais projetos e políticas devem eliminar obstáculos e possibilitar o convívio social com a diversidade humana. Assim, a pessoa com deficiência será inserida em ambiente íntegro e mais um degrau será alcançado rumo à acessibilidade.