Enviada em: 19/10/2017

"O meio social determina as condutas do indivíduo".A frase do sociólogo Émile Durkheim parece fazer alusão ao comportamento humano na contemporaneidade,especialmente na atual população da coercividade,onde a influência da minoria superior infere cada vez mais no modo de agir da maioria segregada da sociedade.Nessa perspectiva,é cabível analisar os tópicos diversos que a acessibilidade engloba,bem como a sua importância no cotidiano social.          Em primeiro lugar,vale ressaltar que as mais diversas dificuldades encontradas pelos deficientes são corroboradas por fatores socioculturais.Desde a Roma Antiga,os deficientes eram sacrificados e,após anos,tal prática se manteve presente na Segunda Guerra Mundial,quando os nazistas exterminaram em massa os portadores de deficiência por não poderem participar do exército.Nessa conjuntura,derivado de ideologias de superioridade do Homem Branco e do Darwinismo Social,tal cenário é visto,hoje,nos inúmeros obstáculos que os portadores de quaisquer deficiências enfrentam no dia a dia,como falta de oportunidades de emprego,de lazer,bem como a dificuldade de atravessar a rua.Com isso,ao longo dos anos de 1990,a luta por condições de circulação por parte da população com necessidades especiais foi uma constante na sociedade.      Em segundo lugar,as mobilizações sociais ocasionaram,de fato,avanços sociais,como o abaixamento de calçadas,por exemplo,entretanto,embora seja direito assegurado a todos os cidadãos pela Constituição Federal,a acessibilidade não é garantida de modo isonômico à parcela com deficiência.Consoante aos ideais liberais de John Locke,filósofo inglês,as leis caracterizam-se pelo respeito às liberdades individuais,de ir e de vir,o que é uma grande conquista social.Todavia,o que é proposto pela legislação não é colocado em prática integralmente,contribuindo,assim,para o crescimento da segregação social no país e a falta de respeito com o próximo,acarretando em episódios imprescritíveis e humilhantes para aqueles que vivenciam,por a sociedade menosprezar quem considera diferente,sendo as deficiências associadas à doença.       Logo,o Poder Público deve intervir por meio de infraestrutura adequada aos deficientes em geral,garantindo acessibilidade a todos,bem como a criação de delegacias especializadas para investigação e punição de intolerância,como a ocupação indevida de usuários nas vagas de mercados destinadas aos portadores de necessidades especiais,por exemplo.Cabe às instituições educativas,a implantação de palestras e de estudos,desde cedo,na matriz curricular,acerca da inclusão e do respeito ao próximo.Por fim,deve-se elevar a importância das paraolimpíadas como forma de elucidar que a deficiência não é uma barreira social,fixando,assim,o verdadeiro Estado Democrático de Direito.