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Enviada em: 22/10/2017

A questão da acessibilidade para todos   Há um discurso meritocrático no Brasil de que todas as pessoas têm as mesmas oportunidades de ter uma vida de sucesso, mas isso não é verdade, pois pessoas com alguma deficiência possuem mais dificuldades para estudar, trabalhar e realizar outras tarefas cotidianas. A causa disso é que no país há pouca acessibilidade, essa pode ser definida como a qualidade do que é acessível, ou seja, é aquilo que é atingível, que tem acesso fácil.    Pessoas que possuem alguma deficiência necessitam de adaptações no seu dia a dia para ter a acessibilidade garantida. Por exemplo, rampas ao invés de escadas para um cadeirante; faixas no piso, com texturas diferenciadas, para facilitar a identificação do percurso para deficientes visuais. Contudo, o Governo Federal investe muito pouco nessas adaptações, segundo dissertações e teses defendidas no Programa de Pós-Graduação em Políticas da Universidade Federal Fluminense (UFF).   Conforme pesquisa realizada pelo Grupo Educacional Positivo, uma a cada doze ações judiciais em andamento nas Varas Cíveis nacionais, no período de 2006 à 2015, cobravam do Poder Público ou de alguma empresa, adaptações que garantissem o direito ao acesso. Muitas dessas adaptações cobradas eram para escolas ou locais de trabalho. Esse grande número de ações demonstra a escassez de acessibilidade no país, pois caso contrário, as pessoas não necessitariam recorrer tanto ao Poder Judiciário.    Portanto, é possível concluir: no Brasil nem todos têm as mesmas oportunidades, pois falta acessibilidade para pessoas com deficiência. Assim, o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, deve realizar parcerias público-privadas para aumentar os recursos destinados a promover a acessibilidade de modo quantitativo e qualitativo, ou seja, oferece-la à um maior números de pessoas e investir em pesquisas para descobrir novas tecnologias uteis as pessoas com deficiência.