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Enviada em: 30/10/2017

Passos largos     O portador de deficiência, seja ela física ou intelectual, ainda sofre com preconceitos da sociedade e não tem o seu direito de cidadão posto em prática. Nesse cenário, é essencial que estado e sociedade ajam de maneira conjunta para garantir não só adaptações estruturais nas cidades, mas também  o seu reconhecimento como indivíduo.   Modificações visando a inclusão plena do portador de deficiência é fundamental. Essa ação é trivial, pois sem configurações específicas como rampas de acesso, transporte público e calçadas adaptadas o deficiente que já possui a tendência de recluir-se socialmente, seja por falta de estruturas das cidades ou por ações preconceituosas, pode desenvolver sérios transtornos psicológicos. Ademais, segundo dados do IBGE, quase 1/4 da população possui algum tipo de deficiência, sendo completamente irresponsabilidade  e apatia do estado não atender essa parcela significativa de brasileiros. Desse modo, é preciso que a estrutura física dos municípios, que já evoluiu um pouco nesse aspecto, continue evoluindo para que a acessibilidade plena seja uma realidade.   A Declaração Universal de Direitos Humanos, criada logo após a segunda guerra mundial, garante a todo indivíduo sua individualidade e vida digna. Quando trata-se de deficientes, entretanto, a sociedade não considera-o como um ser individual que possui história de vida e desejos, mas sim como o portador de alguma necessidade especial. Essa infeliz realidade dificulta a inserção desses indivíduos na coletividade, por isso, tal ideário é passível de mudança para garantir o cumprimento da carta magna e ofertar, no mínimo, dignidade para todos os integrantes da sociedade brasileira.   Urge, portanto, que indivíduos e instituições cooperem para mitigar a falta de acessibilidade no Brasil. Para tanto, as prefeituras, por meio de subsídio da união, devem implantar rampas em calçadas, museus, praças/parques públicos e pontos turísticos, além de piso tátil, semáforos, pontos de ônibus e transportes públicos com reprodução de áudio para, dessa forma, promover a ocupação de todos os espaços pelos deficientes. Somado a isso, é importante que o Ministério da Inclusão Social patrocine ações sociais como o Vem Inclusão, fundado Góis, que promove desfiles com portadores de deficiência, bem como de artistas como Ricardo Ferraz, cartunista que produz quadrinhos tendo como protagonistas deficientes. Assim, o Brasil caminharia a passos largos em direção a promover a acessibilidade para todos.