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Enviada em: 29/10/2017

Todos são iguais.      Segundo Durkheim, a sociedade opera como um organismo. Seguindo esse raciocínio, é preciso que haja coesão e equilíbrio entre os elementos sociais. No entanto, a questão da falta de acessibilidade no Brasil é um dos principais fatores que rompe com a harmonia social, tornando-se um impasse à consolidação de uma sociedade mais igualitária. Em decorrência disso, passa-se a existir diversos problemas enfrentados por essa minoria, podendo-se destacar a exclusão social, sendo essa reflexo da carência de investimentos estatais na garantia da acessibilidade.      Embora a Constituição assegure a isonomia, é notório que as condições de vida e demandas não são semelhantes entre todas as camadas da população. Desse jeito, a falta de acessibilidade provoca uma exclusão social, criando grupos privilegiados e grupos à margem da sociedade. Assim, tarefas rotineiras como sair à rua se tornam restritas a um grupo, visto que calçadas estreitas e sem sinalizações limitam quem pode por ali passar. Como consequência, cria-se um quadro de desigualdade na sociedade.     Contudo, o problema está longe de ser solucionado. Enquanto no filme ''Intocáveis'' um milionário tetraplégico consegue ter significativa autonomia para atividades diárias, fora da ficção a realidade é diferente. A falta de investimentos do Estado em acessibilidade garante a perpetuação da exclusão social de deficientes, transformando-os em indivíduos dependentes. Por conseguinte, mesmo que a Constituição proporcione a igualdade entre os cidadãos, o tratamento para cada um deve ser diferenciado uma vez que as necessidades se divergem.      Portanto, medidas devem ser tomadas para solucionar tal impasse. Nesse sentido, é preciso que os municípios façam parceiras público-privadas para financiar obras de acessibilidade como, por exemplo, a construção de rampas nas ruas para cadeirantes e calçadas com relevo para cegos. Dessa forma, a desigualdade diminuiria. Além disso, é primordial que as famílias ensinem as crianças não só a respeitar, mas também a ajudar o próximo. Posto isso, o auxílio a deficientes na rua, como para atravessar a rua, ampliaria a inclusão social desse grupo ao passo que se expandiria o contato entre a população. Como resultado, a sociedade alcançaria uma maior harmonia social de acordo com Durkheim.