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Enviada em: 25/03/2018

A partir do século XVIII, surge na Europa um movimento intelectual, o Iluminismo, baseado nos ideais de igualdade e liberdade. No entanto, quando se observa a acessibilidade para todos no Brasil, percebe-se que esse ideal iluminista não é posto em prática, tornando-se uma questão a ser discutida em todas as instâncias da sociedade, haja vista não só os obstáculos nos espaços públicos e privados, como também o desrespeito da sociedade para com esses deficientes.        Em relação aos obstáculos nos espaços públicos e privados, esses não dispõem de condições que permitem a total circulação de indivíduos  que necessitam de um auxílio para locomover-se. Corriqueiramente, vê-se não apenas nos veículos de informações, mas também em supermercados, praças e shoppings, a falta de corrimãos e rampas, dificultando assim, a locomoção dessa população. É inadmissível, em um país como o Brasil, tendo em vista à precária acessibilidade e a criação da CF/88 em que o art.5º discorre sobre a igualdade à todos, ser tão falho e não aplicado na sociedade, devido a insegura infraestrutura disponibilizada por esses espaços.        Além disso, o desrespeito com os deficientes é uma questão recorrente nos dias atuais. De acordo com o filósofo alemão Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, com isso, pode-se ver hoje uma sociedade sem educação, quando indivíduos insultam e coagem verbalmente e fisicamente àqueles que não possuem condições para deslocassem  sozinhos, sem o auxílio de uma ferramenta ou de uma outra pessoa, excluindo-os das teias sociais.        Infere-se, portanto, com o intuito que os ideais de igualdade e liberdade não sejam apenas uma aspiração teórica, mas uma medida pratica que o governo, promova por meio de intermédio de projetos e campanhas educativas com o intuito que essa parcela receba o acompanhamento necessário, para que os tenham sua dignidade humana preservada. É imprescindível, também, que essa população exija do poder público a concretude dos princípios constitucionais, assim, essa parcela receba o acompanhamento necessário para alcançar seus direitos e possam viver e participar na sociedade.