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Enviada em: 29/06/2019

O livro "Grande Sertão Veredas", de Graciliano Ramos, retrata diversas dificuldades encontradas pelos personagens, sendo uma delas a aridez dos solos com vegetação xerófila e a imensidão da seca. Em determinados momentos da obra, é exibido a enorme biodiversidade presente no sertão. Não muito longe da ficção, a Floresta Amazônica poderá se assemelhar com o cenário descrito se o processo de desmatamento continuar, causando um transtorno climático em todo o país.       Em primeiro lugar, esse bioma corre um seríssimo risco de extinção. Conforme a História, foram necessários séculos de destruição da Mata Atlântica para dar lugar ao plantio de cana-de-açúcar e café, e a criação de bovinos. Felizmente, ainda restam em torno de 7% de toda a sua extensão. Diante disso, se não houver medidas eficazes para a sua conservação, a Floresta Amazônica, por interesses financeiros, poderá ser quase extinta, assim como aconteceu com a Mata Atlântica. Isso pode ser comprovado pelos dados do Fundo Mundial para a Natureza, que 20% da área da vegetação da Amazônia já foram desmatadas desde 1970. Dessa forma, pode-se afirmar que, não serão mais precisos centenas de anos para destruir esse patrimônio, apenas algumas décadas se permanecer nesse ritmo desenfreado.        Em segunda instância, um dos principais benefícios desse matagal para a humanidade é o que se refere a influência no controle do clima. De acordo com o projeto "Rios Voadores", essa floresta é responsável por cerca de 45% das chuvas no território brasileiro. Partindo do pressuposto, que se ocorrer o extermínio dessa imensa área, todo fluxo pluvial e fluvial do país sofrerão graves consequências. A ilustração disso, com a destruição das matas, principalmente das ciliares, os rios irão diminuir o seu leito e secar completamente. Além disso, em algumas regiões poderão sofrer longos períodos de estiagem pois, para a precipitação ocorrer é fundamental que haja uma grande umidade presente no ar.       Torna-se evidente, portanto, que a floresta amazônica têm enormes possibilidades de ser o próximo bioma a ser extinto. Com isso, a população brasileira sentirá amargamente os efeitos de tal ação, tendo em vista que milhões de pessoas dependem indiretamente desse local para a sua sobrevivência. Por isso, caberia ao Governo Federal, por meio, do Ministério do Meio Ambiente (MMA) em aumentar a  fiscalização em áreas que sofrem com o problema, que geralmente são locais remotos e com pouca vigilância. Para tanto, o MMA deveria optar por utilizar aparelhos tecnológicos para ajudá-los nesse processo, visto que são milhões de quilômetros quadrados. Com isso, espera-se que a taxa de derrubadas de árvores diminuam e os sertanejos poderiam ter uma melhor qualidade de vida.