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Enviada em: 07/08/2017

A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo, e além de possuir reservas ambientais e indígenas, conta com uma vasta biodiversidade e um banco genético valioso. Seu alcance vai além dos nove países do qual faz parte, exercendo influência no clima e na umidade do planeta. Porém, toda essa grandeza está ameaçada devido ao desmatamento causado por madeireiras ilegais, além do avanço da fronteira agropecuária. Com isso, promover a conscientização acerca da importância da proteção da Floresta Amazônica para a manutenção do equilíbrio e do bem estar das gerações futuras: eis o desafio do Brasil atual.     Antes, porém, é fundamental conhecer os riscos que a Amazônia sofre e as consequências de sua degradação. Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Climática de Postdam (PIK) revelou que a floresta pode sofrer um processo de savanização caso a combinação entre seca e desmatamento continue. Com a retirada das árvores maiores e a consequente diminuição da transpiração foliar, que forma os rios voadores, a regularidade das chuvas na região e no país se altera, deixando o ambiente seco e causando a morte de outras árvores. Apesar do alerta, em 2016 houve um aumento de 28% no desmatamento, atingindo 7.989 quilômetros quadrados do ecossistema amazônico.     Esses números são apenas um reflexo do avanço da criação de gado e de plantações de soja, que vêm contribuindo substancialmente para a derrubada de árvores. Com o fim do pacto ambiental firmado entre entidades representativas da soja no Brasil, ONGs ambientais e o governo, que previa a adoção de medidas para conter a retirada de árvores para cultivo da planta, os ruralistas se sentiram mais à vontade para expandir seus negócios. Com forte representação no congresso nacional, somado a uma fraca fiscalização, áreas que deveriam estar preservadas estão desaparecendo do mapa aos poucos, enquanto boa parte da sociedade permanece inerte.     Portanto, torna-se evidente a urgência de se proteger esse patrimônio nacional, uma vez que as consequências de sua destruição afetam milhares de pessoas e até a economia do país. Para isso, o governo, por meio do Ministério do Meio Ambiente, deve desenvolver políticas nacionais que melhorem as estratégias de proteção das fronteiras amazônicas, além de uma melhor fiscalização, com o uso de drones, dos limites dos criadores de gado e produtores de soja, visando combater de forma mais eficaz a retirada de árvores. Ademais, o Ministério da Educação deve incluir na grade curricular uma disciplina sobre desenvolvimento sustentável para estimular o senso crítico e um olhar mais cuidadoso sobre os recursos naturais existentes no país, pois como já disse Paulo Freire, educador brasileiro, "se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."