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Enviada em: 12/09/2017

É incontrovertível dizer que a Floresta Amazônica tem sua biodiversidade ameaçada pela lógica capitalista de produção desde a chegada dos europeus em território brasileiro, onde estima-se que foram extraídas 2 milhões de árvores de pau-brasil entre 1500 e 1600. Estamos enganados, porém, ao pensarmos que a exploração desmedida de recursos naturais desse bioma, sendo este vital para o funcionamento de todo o país, ficou apenas nos tempos da colonização. Com isso, cabe refletir acerca da importância dessa vegetação brasileira para os diferentes setores da sociedade e de que forma pode ser preservada a nossa maior riqueza tupiniquim.  Em primeiro lugar, a manutenção da diversidade amazônica é de suma importância para o desenvolvimento de diferentes tipos de indústrias. À guisa de exemplificação tem-se a utilização de plantas exclusivas desse bioma na produção de cosméticos até itens como relaxantes musculares e anestésicos. Dessa forma, deve-se atrelar a criação de novos produtos à exploração sustentável, tendo em vista que apenas 9% dessa floresta é protegida da atuação das empresas pelas unidades de conservação.  Em segundo plano, a Floresta Amazônica tem sua relevância não apenas no que tange ao avanço econômico nacional, mas também no que diz respeito à sobrevivência da população ribeirinha do Amazonas. Esse grupo que majoritariamente vive da pesca e da coleta encontram nessa região o cerne de sua subsistência. Portanto, é mister a preservação da vegetação que está intimamente ligada à qualidade das águas, para que a população que ali reside e que também faz parte desse bioma possa ali fincar suas raízes.  Posto isto, para que se deixe a brutal exploração dos recursos dessa floresta no passado, é necessária a atuação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente. Ao retomar o ''Diálogo Sustentável'', modelo de manejo sustentável da terra lançado em 2009, pode-se alcançar o uso adequado por parte das empresas das riquezas que a vegetação nativa oferece. Ademais, o concreto alcance dos objetivos pautados no Programa Nacional de Florestas (PNF), que prevê dentre outros tópicos a repressão à desmatamentos ilegais, garante a conservação desse bioma e torna possível a permanência da população que ali vive e que dela depende. Destarte, a lógica do máximo lucro a qualquer custo não mais sobrepujará a preservação da biodiversidade canarinha.