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Enviada em: 16/09/2017

A Floresta Amazônica tem sua biodiversidade ameaçada pela lógica mercantilista de extração desde a chegada dos europeus em território brasileiro, onde estima-se que à época foram retiradas milhões de árvores de pau-brasil. Engana-se, porém, ao pensar que a exploração desmedida de recursos naturais desse bioma ficou apenas nos tempos da colonização. Com isso, cabe refletir acerca da importância dessa vegetação para os diferentes setores da sociedade e de que forma pode ser preservada a nossa maior riqueza nativa.  Com a passagem do mercantilismo para o capitalismo, seria uma utopia pensar na sobrevivência das metrópoles sem todas as indústrias, dentre elas a metalúrgica e a farmacêutica, que da floresta obtém sua matéria-prima. Com isso, para que se torne possível a continuidade desse modelo econômico é imprescindível a manutenção da diversidade amazônica. Portanto, deve-se adotar a exploração sustentável, tendo em vista que, apesar do fato de 44% dessa floresta ser protegida pelas unidades de conservação, a outra parte destinada legalmente à atuação das empresas também deve ser preservada.  Em segundo plano, a Floresta Amazônica tem sua relevância não apenas no que tange ao avanço econômico nacional, mas também no que diz respeito à identidade brasileira. A população ribeirinha do Amazonas, que majoritariamente vive da pesca e da coleta, encontram nessa região o cerne de sua subsistência. Dessa forma, é mister a preservação da vegetação visando o equilíbrio ecológico, o que possibilita que a população que ali reside e que também faz parte desse bioma possa ali fincar suas raízes.   Posto isto, para que se deixe a negligente exploração dos recursos dessa floresta no passado, é necessária a atuação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente. Ao realizar programas regionais que introduzam modelos de manejo sustentável da terra, pode-se alcançar o uso adequado por parte das empresas das riquezas que essa vegetação oferece. Ademais, a concreta repressão à desmatamentos ilegais garante a conservação desse bioma, e torna viável a permanência da população que ali reside e que dela depende. Destarte, a lógico do lucro a qualquer custo não mais sobrepujará a preservação da biodiversidade canarinha.