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Enviada em: 03/06/2018

Historicamente vistos como incapazes e preguiçosos, os índios brasileiros ainda lutam por sua inserção na sociedade e pelos seus direitos, mesmo após 518 anos do "descobrimento" do Brasil. Hodiernamente eles somam quase 900 mil habitantes em território nacional, e convivem com problemas recorrentes como o preconceito e as disputas por terras, com fazendeiros. Dessa forma, medidas governamentais são essenciais e urgentes para a mudança desse contexto injusto e discriminativo.          Em primeiro plano cabe ressaltar que a exploração de riquezas minerais e o aproveitamento de recursos hídricos são proibidos em reservas indígenas. Entretanto, é sabido que os povos autóctones encontram-se no cerne de brigas por suas terras desde a época das Capitanias Hereditárias, quando os portugueses iniciaram a política de colonização do Brasil. De lá para cá, as disputas cresceram, a maior parte dos índios foram dizimados e seus territórios foram tomados pela ganância de grandes fazendeiros e políticos. Um exemplo a ser citado foi a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, inaugurada em 2016, que é alvo de embates judiciais por interferir no meio ambiente e nas reservas indígenas no entorno da usina.           Outrossim, é observado uma tendência crescente do preconceito para com os povos nativos no que tange a vida em sociedade e as oportunidades de empregos. É notório que tal questão seja cultural, uma vez que, eles foram rotulados de vagarosos e incompetentes pelos colonizadores, por resistirem ao trabalho escravo e a catequização forçada. Desse modo, a herança de intolerância e hostilidade foi herdada por grande parte dos brasileiros, sendo retratada na desigualdade de oportunidades de inserção em escolas ou empregos, haja vista que, essa parcela da população indígena perdeu sua essência e sua subsistência local, necessitando migrar para centros urbanos para conseguir sobreviver.           Destarte, é de extrema relevância que o Governo invista em políticas públicas para a valorização dos índios no que tange a sua cultura e sua importância para o país. Sob esse contexto é necessário que o Ministério da Educação introduza disciplinas obrigatórias nas escolas para se conheça a realidade desses povos e seu valor na história do país. Outro ponto a ser abordado é a inserção dessa parcela da população no mercado de trabalho, através do oferecimento de cursos profissionalizantes e estágios em empresas, por meio de parcerias entre o Governo e empresas privadas. E por fim, a legalização das reservas indígenas pelo Governo, através da aplicação da lei de forma mais rígida para quem descumprir, para finalizar os constantes embates existentes. Dessa forma, é possível o início de uma correção histórica onde o índio ocupará a função principal ao invés de coadjuvante.