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Enviada em: 12/06/2018

Do Cilindro de Ciro, criado em 539 a.C. e considerado a primeira declaração dos direitos humanos da história, até os dias de hoje com a Declaração Universal dos Direitos Humanos proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948, pouca coisa mudou no que diz respeito a valorização da população indígena. No entanto, ao fazer uma análise mais consistente, percebe-se que fatores políticos e sociais convergem para a perpetuação desse problema no Brasil.      A priori, o líder da etnia Caiapó, Raoni Metuktire afirma a importância da briga pelo seu povo, pelas suas terras e em honra aos seus antepassados, uma vez que, os índios constituem 15% dos pobres do mundo, conforme dados de 2017 da Organização Internacional do Trabalho. Nesse sentido, a falta de conhecimento desses indivíduos fortalece o sentimento de discriminação e impede o processo normal de conservação da cultura indígena, apesar da Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas de 2007. Desse modo, a preservação dessas etnias é o único meio de sobrevivência que se pode ter e, assim, possibilitar que a diversidade cultural e suas influencias permaneça acessível à futuras gerações.    Outrossim, os povos indígenas auxiliam na diversidade da flora e da fauna local, já que eles têm maneiras singulares de viver. Em virtude disso, os índios guardam um forte vínculo com as terras e sentem-se na obrigação de conservá-las. Segundo o Boletim Transparência Florestal da Amazônia Legal de 2014, apenas 1% das terras indígenas apresentam desmatamento. Porém, a maioria deles ainda enfrentam o descaso dos governantes, que fingem não ver a exploração ilegal de madeira que promove o deslocamento das tribos e, por conseguinte, a desarborização da região. Dessa maneira, a dificuldade de proteger essas áreas torna-se o maior problema, visto que grande parte desses crimes continuam sem punição, colocando em risco a dignidade de toda essa minoria étnica.   Portanto, a persistência desse desprestígio da comunidade indígena é fruto do preconceito e da marginalização contra os índios. Logo, o Governo Federal, em parceria com os estados, precisa assegurar os direitos das populações indígenas recorrendo a uma maior eficiência e eficácia nas políticas públicas, a fim de respeitar o meio ambiente e a biodiversidade nas atividades econômicas. Além disso, a Funai deve proporcionar a viabilidade e a variabilidade do legado cultural indígena por meio da identificação, documentação e preservação, com o intuito de proteger, promover e valorizar esses nativos através das escolas e das mídias para a fortificação desse patrimônio em diferentes perspectivas. Só assim não será necessário mais uma declaração de direitos humanos.