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Enviada em: 06/08/2018

Segundo Betinho, sociólogo brasileiro, um país não muda pela sua economia, ciência ou política, mas sim pela sua cultura. Sendo assim, é imprescindível a valorização dos povos indígenas no Brasil, visto que há um contexto histórico de negligência e menosprezo em relação a essas populações. Sendo assim, faz-se necessária uma reflexão a respeito.      Nessa linha de pensamento, é válido destacar o caráter etnocêntrico da carta de Pero Vaz de Caminha, na qual se pode perceber a intenção civilizatória dos portugueses, tempos depois, efetuada por meio da catequização jesuítica. Tal conduta deixou reflexos que persistem na contemporaneidade, dentre os quais se destacam a falsa ideia de inferioridade dos indígenas e o desprezo à relevância na demarcação de suas terras.      Ademais, é importante elucidar as intervenções de Cláudio, Orlando e Leonardo Villas-Bôas, expressivos indigenistas do século XX que atuaram na criação do Parque do Xingu em 1961. A partir da demarcação desse território, os povos que nele residem tiveram suas tradições e cultura preservados. Conclui-se que a delimitação de terras indígenas contribui enormemente à preservação e proteção dessas populações.    Fica evidente, portanto, a necessidade de demarcação de terras indígenas e a valorização de sua cultura como parte integrante do patrimônio sociocultural brasileiro. Para isso, o Ministério da Justiça, juntamente com a FUNAI, deve acelerar a viabilização de novos parques indígenas no Brasil, promovendo audiências públicas no Congresso Nacional, sendo os resultados destas transformados em Lei, de modo que sejam destinadas verbas necessárias à concretização de tais projetos. Desse modo, as aspirações de Betinho poderão ser alcançadas.