Materiais:
Enviada em: 06/08/2018

Com a descoberta do Brasil pelos portugueses em 1.500, descobriu-se não só um território, mas também um povo: os indígenas. Importantes constitutivos da multiplicidade étnica e vocabular brasileira (como a língua tupi) e no conhecimento territorial que auxiliou os bandeirantes na interiorização do Brasil. Entretanto, o etnocentrismo de 1.500 anos atrás ainda vive na sociedade e, por consequência, deixa-se de reconhecer a importância de se valorizar a população indígena brasileira.     Etnocentrismo, segundo o antropólogo brasileiro Roque de Barros Laraia, é colocar a sua própria cultura no centro marginalizando a do outro. Consoante a realidade, nota-se a continuidade dessa visão negativa acerca da população indígena e até a falta de reconhecimento da soberania desse grupo. Consequentemente, conflitos entre indígenas e latifundiários são frequentes no país, assim como a perca de áreas indígenas para a urbanização.        Ademais, é válido ressaltar a importância das reservas indígenas como forma de promover a alteridade. Desde o Brasil Pré-Colonial a questão fundiária tem sido um problema, uma vez que concentra na mão de poucos vastas extensões territoriais. Com isso, perde-se não só a presença indígena no território nacional, mas também compromete a promoção da alteridade que, segundo o antropólogo francês François Laplantine, é fundamental na constituição da identidade de um povo.       Diante do exposto, é urgente a necessidade de medidas que garantam e valorizem os direitos indígenas. Logo, cabe ao Ministério da Educação, em parceria com as ONG's, promover campanhas publicitárias por meio da mídia que demonstrem a importância do índio, visando diminuir o etnocentrismo. Além do mais, o Congresso Nacional deve aumentar o rigor das resoluções acerca da proteção de terras indígenas, para que se mantenha a integridade das áreas indígenas do país.