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Enviada em: 20/08/2018

“O Brasil vai ficar rico, vamos faturar um milhão, quando vendermos todas as almas dos nossos índios num leilão”, a frase do cantor Renato Russo, enfatiza o cenário contraproducente diante a população indígena do Brasil. Dentre desse contexto, há dois importantes fatores que devem ser levados em consideração: o genocídio histórico de uma raça, juntamente aos empecilhos atuais.      Primeiramente, observa-se que a conjuntura antepassada dos índios é marcada por forte opressão e imposição cultural europeia. Nesse sentido, a carta de Pero Vaz de Caminha torna-se referência, onde trechos inferiam que os nativos deviam ser civilizados, pois dentre outros fatores tinham ‘suas vergonhas’ amostra. Assim, culminando na inferiorização indígena, tornando-os escravos, e consequentemente, resultando na morte de muitos. Destarte, dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que em 1500 havia cerca de 5 milhões de índios em território nacional, atualmente há pouco mais de 800 mil.     Além disso, vítimas de um passado degradante, nos dias atuais, estes enfrentam embates com donos de latifúndios interessados em ocupar suas terras. Isso ocorre em virtude de uma herança histórica súdita, em que o egoísmo hodierno é, em parte produto da sociedade - parafraseando Emile Durkheim -. Como consequência, muitos indígenas acabam perdendo a posse de seus locais, decorrente de ataques, por vezes, violentos. Essa prática converte-se inerente ao massacre cultural de um povo.       Fica claro, portanto, que ainda há entraves perante ao cenário referido. Cabe ao poder Legislativo a criação de uma lei específica para a aplicação de multas àqueles que invadem áreas indígenas, visando a proteção e segurança dos que ali se localizam. Ainda, cabe ao Ministério da Educação implantar a conscientização por meio das aulas de história, sobre a importante formação cultural, linguística, étnica e afins que esses povoados trouxeram ao país, para que assim a formação educacional das crianças seja complacente e tolerante. Afinal, como citou Martin Luther King “toda hora é hora de fazer o que é certo”.