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Enviada em: 27/09/2018

O descobrimento e colonização portuguesa do Brasil foi marcada, dentre algumas coisas, pela exploração, catequização e genocídio dos povos indígenas que aqui habitavam. Atualmente, mais de 500 anos depois, as populações indígenas ainda sofrem com o descaso da sociedade e do Estado, e precisam lutar pelo que lhes é de direito mais básico: terra e identidade.    De acordo com o historiador Boris Fausto, o genocídio indígena do período colonial afugentou algumas dessas populações para regiões mais distantes do Brasil, como o Amazonas, e dessa forma puderam preservar a herança biológica, social e cultural ameríndia. É inacreditável, pois, que precisem lutar novamente pela própria existência. Dessa vez, contra os representantes do agronegócio, que, repetindo a História, visam tomar e utilizar suas terras para fins lucrativos. Essa realidade se intensifica com apoio de políticos como a ex-Ministra da Agricultura Kátia Abreu, a qual, devendo protegê-los, deu prioridade aos desejos da elite rural.   Ademais, apesar das etnias indígenas estarem estampadas no rosto tipicamente brasileiro, que é miscigenado, oriundo não só da chegada dos europeus colonizadores, mas também dos primeiros nativos das terras tupiniquins, outras características do patrimônio indígena não se manifestam em território nacional: há um distanciamento exorbitante dos brasileiros com a cultura, língua e até mesmo existência indigenista, o que configura insatisfatória ignorância acerca da importância e dos direitos dessa população.     Dessa forma, para solucionar a problemática, é necessário que o Estado, em conjunto com órgãos como a FUNAI, promovam a proteção das terras e do patrimônio ameríndio por meio de estudos de identificação e delimitação de tais espaços, registrando-os na lei, e divulgando-os para a população na internet, a fim de torná-la consciente sobre o tema. Outrossim, a escola deve propagar a cultura e a história indígena, bem como sua realidade nos dias de hoje através de estudos em sala de aula, pesquisas e palestras.