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Enviada em: 02/09/2018

No período colonial os indígenas eram vistos como selvagens que precisavam ser civilizados e aderirem aos costumes do homem branco, por isso não tinham seus direitos garantidos e eram escravizados. Entretanto no século XXI, isso ainda é uma realidade, tendo em vista os conflitos ocasionados pelo desrespeito a seus direitos aliado a falta de conhecimento da população a respeito da sua cultura.          A Constituição promulgada em 1988 assegura os direitos dos Índios com a demarcação das terras ocupadas por eles. Contudo, o direito da posse de suas terras não é respeitado por latifundiários e garimpeiros que os expulsam, com o intuito de lucrar com atividades rurais e mineradoras. Isso ocorre devido, o processo que demarca as terras ser lento, podendo demorar anos, o que possibilita a invasão e expulsão dos grupos indígenas, pois os mesmos ainda não possuem o direito legal de suas terras.        Além disso, a população desconhece a cultura indígena, que segundo a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), conta com mais de 225 etnias e 180 línguas e dialetos distintos. O que consequentemente promove o preconceito da sociedade contra esses povos, os generalizando como um só grupo, os tratando como selvagens, pois nunca tiveram contato com esses indivíduos.         Torna-se evidente, portanto, que as condições em que vivem os indígenas no território brasileiro devem ser revisadas. Dessa forma, o Governo deve criar um órgão que seja responsável pela demarcação de terras, a fim de que esse processo ocorra de forma mais rápida, diminuindo as invasões das terras indígenas que estarão devidamente legalizadas. Ademais, o Ministério da Educação (MEC) em parceria com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), deve incluir no conteúdo programático dos ensinos fundamental e médio, questões que englobam a cultura e história dos grupos indígenas, com intuito de que a população interaja com esses indivíduos respeitando seus costumes e não os vendo como cidadãos primitivos.