Materiais:
Enviada em: 12/10/2018

O darwinismo social, pensamento que tentava comprovar a superioridade de algumas etnias sobre outras, não se restringiu apenas ao período imperialista. Nesse sentido, ao analisar a história brasileira, o preconceito contido em tal teoria sempre esteve presente, principalmente se tratando de povos nativos. Dessa forma, as discriminações e negligências sofridas ao longo desses anos pelos indígenas são evidenciados cotidianamente por meio do desrespeito à sua cultura, às suas terras e aos seus direitos fundamentais.     Primeiramente, é importante destacar que o descaso social em valorizar os conhecimentos da população nativa é um dos problemas vivenciados por esses povos. Nesse contexto, segundo o IBGE, mais de 230 cientistas estrangeiros vem para o Brasil anualmente em busca de medicamento fitoterápicos como chás e xaropes, por exemplo, que são produzidos nas aldeias. Diante disso, é evidente o desprezo da indústria farmacêutica nacional em relação aos conhecimentos desses nativos, já que é os países estrangeiros que lucram com os conhecimentos adquiridos aqui no Brasil, dinheiro esse que poderia estar contribuindo para a economia e a indústria do país, além e ajudar na saúde da população local.    Em segundo lugar, as disputas de terras entre grandes fazendeiros e os indígenas é mais um fator que desvaloriza a cultura desse povo. A reserva Serra da Raposa do Sol, em Roraima, é conhecida como o lugar onde há mais disputas e conflitos entre aqueles que querem expandir o agronegócio, visando o lucro e aqueles que tem como direito o uso da terra para sua subsistência. Desse modo, fica notório que esses conflitos, lamentavelmente, põem em risco o usufruto exclusivo que esses povos têm para desenvolver seus costumes e culturas.  Fica evidente, portanto, que a valorização da comunidade indígena é de grande importância para a manutenção da diversidade cultural brasileira Sendo assim, é preciso que a indústria farmacêutica nacional valorize os conhecimentos medicinas que esses povos adquiriram ao longo dos anos, e em troca da sabedoria, levem até as aldeias especialistas nas áreas de saúde e educação. Ademais é preciso que a FUNAI aliado ao Ministério Público priorize e ratifique a fiscalização da demarcação de terras dos indígena para que os mesmos possam preservar seus costumes e repassar aos seus descendentes. Por fim, as escolas em conjunto com os professores poderiam promover a semana do índio,levando indígenas ao ambiente escolar a fim de educar as crianças quanto à importância do respeito à sabedoria indígena e ao seu caráter fundamental na formação da cultura brasileira. Quem sabe assim, finalmente,o Darwinismo social deixe de fazer parte da atual sociedade.