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Enviada em: 27/09/2018

O desrespeito com os indígenas data o período da Colonização do Brasil, cujos direitos foram suprimidos e novos costumes foram impostos. Nesse sentido, “Macunaíma", obra de Mario de Andrade, retrata o processo de aculturação e a tentativa de “embranquecimento” desse povo. Dessa forma, a garantia da dignidade a esses povos é um desafio, uma vez que os interesses de uma elite latifundiária se sobressaem aos seus, o que leva a uma perda de identidade, configurando-se, pois, uma chaga social. Portanto, a valorização desse povo é essencial para a manutenção desse patrimônio histórico.         Em primeiro lugar, desde a Descoberta do Brasil, os indígenas foram desrespeitados, os quais tiveram sua liberdade cerceada e sua cultura subjugada. Hoje, mesmo com a criação da Fundação Nacional do Índio(FUNAI) para protegê-los, o que se nota é a supressão de direitos constitucionais a essa população, com a crescente onda de violência e a falta de respeito em relação às áreas de preservação indígena. Nesse ínterim, em decorrência de uma herança histórica e ideológica, a lógica capitalista objetiva o lucro e, ao longo dos anos, com a interiorização do país com as Bandeiras, no passado e, a expansão agrícola de hoje, há uma destruição do nicho ecológico desse povo, o que leva à perda de sua identidade. Portanto, o Estado deve criar mecanismos que garantam seus direitos.        Outrossim, a expansão agrícola e, por conseguinte, a perda da identidade acarretaram a intensificação dos casos de suicídio dentro dessa população indígena, que utiliza disso como fuga de uma realidade cruel, sem perspectiva, cuja população não se reconhece mais. De acordo com o Ministério da Saúde(2018), a taxa de suicídio entre esse povo é três vezes maior do que a média nacional. Nesse contexto, apesar da existência da Fundação Nacional do Índio e da criação do Dia do Índio, nota-se a anulação da dignidade dos indivíduos em detrimento ao beneficiamento de uma elite agrária. Destarte, é preciso que o Governo intervenha a fim de minimizar essa realidade e, assim, preservar a cultura do povo brasileiro.              Em suma, para atenuar essa realidade, o Ministério da Educação deve proporcionar educação de qualidade a todos e, mediante palestras, discussões e muito diálogo, deve desenvolver a compreensão da cultura indígena como parte integrante da cultura nacional, a fim de valorizá-los e respeitá-los, fortalecendo, assim, a sua identidade e o sentimento de pertencimento, reduzindo,pois, as taxas de suicídio entre esse povo. Ademais, a FUNAI deve garantir a demarcação das terras indígenas, por meio da captação de recursos para a ampliação da equipe responsável pela fiscalização disso e pela punição daqueles latifundiários que não a respeitarem, para que assim, seja possível a garantia da diversidade cultural dos indígenas.