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Enviada em: 01/10/2018

Na segunda geração do Romantismo no Brasil, os autores de cunho nacionalista retratavam a imagem indígena de forma heroica e idealizada, a fim de associa-la à construção de uma nova identidade nacional. Entretanto, nos dias atuais, os nativos ficaram apenas nas obras românticas e passaram a ser invisíveis no corpo social brasileiro e a enfrentar vários problemas referentes à sua cultura e demarcações de terras. Nesse sentido, é necessário que esses desafios sejam superados para que uma sociedade integrada seja alcançada.     A priori, convém ressaltar que, segundo Albert Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado, logo, percebe-se que as heranças históricas de desprezo à cultura indígena influi decisivamente nos comportamentos da sociedade atual. Prova disso, é o fato de que desde a colonização do país a língua portuguesa é disseminada e reconhecida como idioma oficial pelo Estado, já as línguas indígenas são dadas como simples de dialetos, assim como as culturas das diferentes regiões do Brasil é rica e civilizada, enquanto a deles, é retratada com uma imagem folclorizada e selvagem, fazendo com que essa parcela da população seja ainda mais menosprezada.     A posteriori, é importante salientar que, no Legislativo brasileiro, há uma bancada ruralista que defende que as demarcações de terras são um obstáculo para o agronegócio e propuseram o andamento da emenda constitucional Pec 215, que tem a intenção de delegar exclusivamente ao Congresso Nacional o dever das demarcações dos territórios indígenas e a ratificação de um terreno já adquirido. De acordo com o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada em prol do sumo bem da pólis como um todo, mas como já citado, a negligência do Estado com esse povo rompe totalmente com esta harmonia.      Portanto, é evidente que a problemática necessita de soluções eficientes e precoces. Dessa maneira, o Ministério da Educação deve criar um projeto denominado '' Nativo em Você'' e instituir em todas escolas do país. O programa deve conter palestras ministradas pelos professores de História e membros de comunidades indígenas, de modo a abordar a problemática vivida por esse povo e demonstrar como sua cultura é importante para a solidificação da sociedade atual, com o fito de desenvolver a tolerância. Além disso, o Ministério da Cultura, na figura de poder legislativo, deve entrar com uma ação judicial no Supremo Tribunal Federal, com objetivo de barrar o andamento da Pec 215 no congresso, de modo que as demarcações de terras continuem exclusivamente em posse da Fundação do Índio, para que os nativos possam usufruir do que é seu por direito. Posto isso, é possível ir contra a perspectiva de preconceito de Einstein e colocar em prática a harmonia de Aristóteles.