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Enviada em: 09/10/2018

Durante o período escravagista brasileiro, iniciado com a chegada dos europeus, no século XVI, a população indígena foi brutalmente violentada física e psicologicamente. Além disso, sua cultura era desprezada e tratada como abominável. Séculos se passaram, o regime escravocrata chegou ao fim, movimentos sociais surgiram, direitos políticos foram conquistados e, ainda assim, é possível notar, no mundo hodierno, que diversas tribos sofrem com a violência e o preconceito enraizado. Sendo assim, para mitigar tal adversidade, é necessário que a sociedade, com o apoio do Estado, valorize e respeite os nativos das terras brasileiras.   Deve-se pontuar, de inicio, que o preconceito ainda é o principal obstáculo inerente ao cotidiano no cidadão indígena. Isso ocorre devido, principalmente, à equívoca e retrógrada associação feita — por parte de população — entre índios e animais selvagens. Tal relação é perpetuada, por exemplo, em ambientes acadêmicos, por meio de piadas veladas de preconceito. No entanto, é valido destacar que o grande contato exercido pelos índios para com a natureza é histórico e cultural, devendo, portanto, serem respeitados por toda a comunidade brasileira.   Dessa forma, o debate ora proposto centrar-se-á exatamente na importância de valorizar a população indígena: a pluralidade étnica e social torna as esferas sociais ricas em diversidade, proporcionando a troca de conhecimentos e o desenvolvimento de valores altruístas. Tal realidade é ratificada ao se destacar que o maior rendimento laboral e acadêmico ocorre com a diversificação dos ambientes, como consta em recentes artigos publicados pela Revista Galileu em parceria com a Funai.   Posto isso, medidas públicas são necessárias para alterar esse cenário. Cabe ao Ministério da Educação, com apoio de ONGs sociais, elaborar materiais didáticos, como pequenas historias em quadrinhos, para alunos do ensino médio e fundamental, com um conteúdo que aborde acerca da importância de valorizar e respeitar a população indígena, conscientizando, desde cedo, os jovens. O Governo Federal, aliado às mídias, deve promover palestras públicas nos grandes centros urbanos — ministradas por lideranças indígenas —, mostrando à sociedade as vantagens da pluralização cultural e étnica. Assim, tal adversidade será, futuramente, atenuada.