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Enviada em: 08/10/2018

A disputa por território é um fenômeno atemporal que ultrapassa continentes, sendo visto inclusive no Brasil. Embora seja o quinto maior país em área territorial, conflitos por terras são comuns desde a colonização até os dias atuais, destacando-se o embate entre indígenas e latifundiários. Assim, com a constante guerra, a população que chegou primeiro nas terras do pau-brasil encontra-se em um caso de extermínio iminente, mesmo sendo um povo importante devido suas inúmeras contribuições para formação da identidade brasileira.        De acordo com o IBGE, existem mais de 200 línguas indígenas no Brasil, ou seja, a diversidade é imensa. Além disso, é possível ver a forte presença do índio na cultura brasileira, a citar nomes de diversas cidades com o idioma desses povos e costumes como possuir uma rede e até mesmo banhos diários, entre outros. Ademais, na colonização do território, em meados do século XVI, os europeus precisavam de auxílio para explorar as novas terras, recorrendo aos indígenas para descobrir fontes de matérias-primas e locais para povoamento. Porém, logo o povo nativo foi usado como mão de obra escrava, com demasiadas tribos dizimadas, ora pelas condições precárias de trabalho e saúde, ora devido conflitos por território. Diante do exposto, é possível notar o total descaso com aqueles que podem ser considerados parte imprescindível da história brasileira.        Entretanto, a Funai, ou Fundação Nacional do Índio, é um órgão que possui o objetivo de proteger essas etnias, isto é, a questão indígena ainda não é um caso perdido, uma vez que essa organização é responsável por políticas indigenistas. Apesar do grande avanço, índios de todo o Brasil ainda são expostos à frequentes situações de risco, principalmente por latifundiários no interior do país pois, uma vez que geralmente possuem métodos bélicos, facilmente assassinam indivíduos e até mesmo uma tribo inteira para anexar maiores áreas em seus latifúndios.        Portanto, é preciso intensificar a mobilização a favor da proteção e valorização do indígena, visto que ele não só é parte do Brasil, como também possui o direito de existir, assim como todos as pessoas. Para isso, é imprescindível criar uma consciência nacional sobre esse tópico, a começar pela educação dos jovens da sociedade em prol de valorizar essas questões. Além disso, campanhas que estimulem respeito devem ser criadas pela Funai para atingir quem não está em idade escolar e, por fim, é de exímia importância a elaboração de leis mais rígidas que assegurem os direitos dos índios pelo poder Legislativo. Logo, haverá a extinção de conflitos e intolerância e, consequentemente, todas as etnias que formam a brasilidade poderão conviver em paz e segurança.