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Enviada em: 14/10/2018

Com a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500, originou-se o processo de opressão aos povos nativos e sua cultura. Desde então, a população indígena vive a margem da sociedade, desvalorizada e regularmente tem os direitos violados. Desse modo, é importante a mudança desse cenário, seja pelo progresso do país, seja pelo cumprimento de leis constitucionais.      A priori, cabe destacar o bem-estar coletivo em questão. Para o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade é semelhante a um "Corpo biológico" por ser, como esse, composta de partes que interagem entre si. Diante dessa perspectiva, para o tecido social funcionar em ordem faz-se necessário cada vez mais a valorização da população indígena. Tendo em vista a atual conjuntura carregada de preconceitos, bem como os danos já causados no período da colonização do território brasileiro, como exemplo: a escravização e imposição de dogmas. Dessa forma, essa intolerância prejudica a multiculturalidade e a história da nação.      Ademais, convém ressaltar que a desvalorização dos indígenas é uma ação inconstitucional e injusta. Segundo a Constituição Federal, todo o individuo tem direito a integridade física e moral, além disso, o documento assegura aos índios direito sobre as terras que ocupam, entretanto a negligência do Estado em garantir as demarcações das terras e as chacinas de povos aborígenes impossibilitam a efetivação das leis. Nesse viés, a máxima do ativista político Martin Luther King de que "A injustiça num lugar ameaça a justiça em qualquer lugar" cabe perfeitamente. Por conseguinte, tem-se a generalização do sentimento de injustiça.      Infere-se, portanto, a necessidade de medidas para garantir a valorização dos índios. Destarte, o Ministério da Educação, auxiliado por representantes indígenas, deve instituir projetos nas escolas e universidades abertos às comunidades locais, intermediado por eventos com palestras e exposições dos costumes, afim de conscientizar o corpo social da participação histórica e sociocultural deles no país. Outrossim, a Fundação Nacional do Índio e o Ministério Público precisam agilizar a demarcação das terras, mediante a priorização de tal problema, para que possam viver a própria cultura em paz. Assim, a realidade cruel, iniciada na descoberta do Brasil pelos europeus, poderá começar a mudar.