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Enviada em: 17/10/2018

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948 pela ONU (Organização das Nações Unidas), é direito de todos os cidadãos, sem qualquer distinção, o acesso aos direitos civis e à propriedade privada. No entanto, o cenário visto pela desvalorização da população indígena impede que isso aconteça na prática, devido, não só a expansão da fronteira agrícola, como também pouca valorização de sua identidade nas instituições de ensino.   É indubitável que o aumento do agronegócio, é o principal percursor à permanência da problemática. A esse respeito, o PIB ( Produto Interno Bruto) brasileiro é dependente da exportação de commodities ( Produtos de Baixo Valor Agregado), principalmente da soja, e em virtude desse produto demandar de grandes áreas para seu cultivo, a propriedade nativa indígena é invadida e controlada por latifundiários. Todavia, de acordo com o filósofo liberal Adam Smith, a propriedade privada é direito inalienável de todos. Portanto, urge reformulações na demarcação de terras indígenas.   Outrossim, o modelo pedagógico brasileiro tem se mostrado falho, no quesito de promover a diversidade de valores sociais e culturais indígenas. Nesse viés, a literatura modernista é um dos principais fatores para esse fato, pois clássicos literários como Macunaíma retratam o índio como preguiçoso e incapaz. Entretanto, consoante o ativista Michel Foucault é possível romper paradigmas históricos e culturais, basta mostrar às pessoas que elas são livres e autônomas.   Destarte, é evidente que o comércio agrícola, somado ao desrespeito social corroboram ao impasse. Logo, cabe ao Ministério da Justiça financiar órgãos para fiscalização e demarcação de terras indígenas. Tal causa será efetivada pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio), através de monitorias via satélite e cercamentos das propriedades nativas. Após a prática dessa simples ação, os valores e direitos defendidos pela ONU serão efetivados.