Enviada em: 22/10/2018

Na segunda geração do Romantismo no Brasil, os autores de cunho nacionalista retratavam a imagem indígena de forma heroica e idealizada, a fim de associa-la à construção de uma nova identidade nacional. Entretanto, nos dias atuais, os nativos ficaram apenas nas obras românticas e passaram a ser invisíveis no corpo social brasileiro e a enfrentar vários problemas referentes à sua cultura e demarcações de terras. Diante do exposto, cabe avaliar os fatores que favorecem o problema.     A priori, convém ressaltar, que segundo Albert Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado, logo, percebe-se que as heranças históricas de desprezo à cultura nativa influi no comportamento da sociedade atual. Prova disso, é o fato de que desde a colonização do país a língua portuguesa é disseminada e reconhecida como idioma oficial pelo Estado, já as línguas indígenas são dadas como simples dialetos, assim como as culturas das diferentes regiões do Brasil é rica e civilizada, enquanto a deles, é retratada com uma imagem folclorizada selvagem, o que faz essa parcela da população ser ainda mais menosprezada.      A posteriori, é importante salientar, que a segundo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Sob essa ótica, é possível perceber que, no Brasil, a bancada ruralista no Congresso Nacional rompe com essa harmonia, haja vista que os integrantes defendem a tese de que as demarcações de terras representam um obstáculo ao agronegócio e propuseram o andamento da Pec 215, que tem a intenção de delegar exclusivamente ao legislativo o dever das demarcações e a ratificação de um terreno já adquirido, burlando o direito que garante aos índios a ocupação tradicionalmente originária, proferido pela carta magna cidadã de 1988.     Em suma, é evidente que a problemática necessita de soluções eficientes. Dessa maneira, o Ministério da Educação deve criar um projeto denominado '' Nativo em Você'' e instituir nas escolas do país. O programa deve conter em sua grade palestras ministradas pelos professores de História e membros das comunidades indígenas, de modo a abordar a problemática atual e demonstrar como sua cultura é importante para a solidificação da sociedade atual, com o fito de despertar a tolerância. Além disso, o Ministério da Justiça por meio de seu poder legislativo, deve entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal para barrar o andamento da Pec 215, com o objetivo de garantir as demarcações de terras exclusivamente à Fundação do Índio, para que os nativos possam usufruir do que é seu por direito. Posto isso, será possível obter mudanças no futuro.