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Enviada em: 25/10/2018

A primeira geração do Romantismo foi marcada pela valorização nativa em que os indígenas eram tratados como símbolo nacional e identitário. na contemporaneidade, torna-se perceptível que a valorização declina diante de problemas acerca da demarcação indígena e da ausência de conhecimento sobre a cultura dos pré-cabralianos. Nesse sentido, faz-se necessária a ação de órgãos responsáveis para efetivar a importância dos nativos na atualidade.            Mormente, vale salientar que o acesso à terra é imprescindível para a preservação das populações indígenas. Assim, o sociólogo Darcy Ribeiro alega a função do Estado em preservar o direito do índio em manter sua própria cultura. No entanto, percebe-se impasses quanto a reafirmação do direito à terra, a demarcação contrasta com a expansão da fronteira agrícola, gerando conflitos de consequência irreparáveis. Segundo o IBGE, censo 2010, 0,47% da população brasileira é de indígenas, pequeno percentual que busca ter direitos e é vítima da concentração fundiária tão desigual, a qual segundo o Atlas da Terra Brasil, de 2015, 175 milhões de hectares de terra são improdutivos, os quais poderiam servir para satisfazer a população de índios.  Nesse contexto, a necessidade de efetivar o direito à terra urge,para assegurar-se o previsto na Carta Magna.             Além do supracitado, o ensino histórico sobre os nativos é necessário para concretizar conhecimentos culturais. A partir do estudo, adquire-se senso crítico para compreender as contribuições indígenas na formação nacional, além de esclarecer sobre o genocídio e etnocídio, que essa etnia sofre desde os tempos coloniais. Outrossim, o Brasil em sua miscigenação, formado pela diversidade, deve garantir a sobrevivência das etnias, com destaque para a nativa, evitando a desvalorização que ocorre.             Infere-se, por conseguinte, a urgência para equacionar a problemática. Logo, o Estado deve assegurar o direito à terra, através da efetivação das leis por meio de agentes públicos, os quais estabelecerão a possibilidade da demarcação, para manter as populações indígenas assentadas. Ademais, o Ministério da Educação deve implementar no currículo escolar o ensino da formação nacional com destaque para as contribuições indígenas, a partir de projetos e debates envolvendo a escola e a comunidade, pois assim haverá esclarecimento e possível conscientização para a valorização. Dessa forma, haverá a efetivação da importância da população indígena brasileira.