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Enviada em: 27/10/2018

Durante o século XV, a colonização no Brasil gerou grandes conflitos entre portugueses e nativos, que acabaram por dizimar grande parte desses últimos. A constituição de 1988 garantiu aos índios proteção às suas terras e à sua cultura, mas apesar disso, o que se vê hoje é o descaso com os programas de recursos indígenas, que se soma ao preconceito de parte da população.      Segundo dados do IBGE, vivem hoje no Brasil mais de 800 mil índios, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, nas quais, os conflitos por terra têm se agravado cada vez mais pelo descaso com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), que as homologa. As divergências acontecem majoritariamente com os representantes do agronegócio e dos setores de energia, por exemplo, a construção da hidrelétrica de Belo Monte, que gerou grandes impactos naturais e sociais, sendo os nativos um dos grupos maiores prejudicados.      Além disso, essas divergências obrigam os índios a se moverem de suas terras originais para as cidades. Esse processo é lento e doloroso, porque entre eles, são mais de 200 línguas diferentes, o que dificulta a comunicação e a inserção desses na sociedade. Ademais, tem se o estigma de que o índio deve se parecer com aqueles ensinados na escola, criando um preconceito envolta daqueles que evoluíram, ou estão no processo, de forma tecnológica e educacional, prejudicando a tentativa de socialização dos indígenas.     Portanto, deve haver um acordo entre a FUNAI e a bancada ruralista, por meio da divisão legal das terras, de forma que os índios não saiam prejudicados pelos conflitos causados por esse motivo. Também faz-se necessário, por parte das escolas, a realização de trabalhos e campanhas com os alunos, de forma que o estigma do índio insociável acabe. Tudo isso deve garantir a liberdade e o direito do índio de viver em suas terras e preservar sua própria cultura, sem que isso impeça sua socialização na sociedade.