Enviada em: 30/10/2018

Na obra " O povo brasileiro", o antropólogo Darcy Ribeiro descreve a formação e as raízes do Brasil, destacando sua multiculturalidade e a importância de se valorizar os povos nativos. No entanto, apesar da rica origem do povo brasileiro ser motivo de inveja, a sociedade trata com desprezo, preconceito e iniquidade a população indígena. Dessa forma, urge a necessidade de se repensar sobre a importância e reconhecimento dos índios não só como elemento formador da identidade brasileira, mas como elemento fundamental na atualidade que necessita de proteção.    A priori, a diversidade sociocultural do Brasil deve ser compreendida como fator preponderante que une e caracteriza o povo brasileiro. Nesse contexto, o filósofo Voltaire assegura, " um povo que não se reconhece na diferença, jamais será capaz de vislumbrar a própria identidade". Dessa forma, é evidente que marginalizar e tratar o povo indígena com diferença e inferioridade, é o mesmo que negar as origens e ser considerado como ignorante. Por consequência dessa irresponsabilidade, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) contabiliza cerca de 80% das línguas indígenas extintas, além da devastação de diversas áreas antes pertencentes a esses grupos.    Outrossim, mesmo com diversas conquistas nos últimos anos, ainda há muito para se fazer para garantir a integridade e a prática da cultura indígena no Brasil. Nesse viés, latifundiários, empresários e mineradores, representam uma ameaça constantes aos indefesos grupos indígenas. Assim, mesmo com  o aumento da demarcação de terras, a fiscalização falha permite que os interesses econômicos dos grandes proprietários se sobressaiam em relação ao direito histórico e constitucional dos índios. Em decorrência disso, apenas 30% dos nativos se encontram em áreas demarcadas e protegidas, de acordo com a FUNAI.    Torna-se evidente, portanto, que é inegável a importância de preservar a cultura indígena. Desse modo