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Enviada em: 01/11/2018

Na Carta de Pero Vaz de Caminha, já era possível identificar sob uma ótica dos portugueses o caráter de inferioridade dado a cultura indígena. Nesse contexto, apesar de uma conjuntura social e política diferente hodiernamente na sociedade brasileira, o índio ainda é discriminado e subvertido de seus direitos. Nesse sentido, avaliar as causas dessa problemática e buscar alternativas para saná-la, são imprescindíveis.    Em primeira análise, cabe ressaltar que embora a Constituição vigente no país assegure aos nativos o direito à terras em tamanho e condições adequadas as suas necessidades econômicas e culturais. Na prática essa máxima não se aplica, visto  que a grande bancada ruralista no Congresso Nacional da pátria, representante dos interesses do agronegócio responsável  por boa parte do PIB ( Produto Interno Brasileiro), não aprova criação de novas reservas aborígenes e faz pressão para que as existentes sejam despropriadas ou reduzidas para aumentar plantações de commodities vegetais e pecuária extensiva. Prova disso, foi uma reportagem divulgada recentemente no site de notícias Globo.com, a qual aborda que tais parlamentares exigem que o governo Federal libere a reserva dos na turais Raposa serra do Sol, localizada no norte do país, para o fomento dessas atividades capitalistas.    Ademais, convém frisar que a falta de uma educação universalizada na nação, contribui para ratificar o preconceito em desfavor da etnia indígena. Segundo o filósofo Immanuel Kant, "o homem é tudo aquilo que educação faz dele", de maneira análoga, quando absorta do processo de conhecimento de mundo do indivíduo, leva o mesmo menosprezar costumes diferente de sua realidade, dentre eles a cultura dos nativos que ainda no século vinte um é considerada inferior pela sociedade capitalista do país. Comprova-se isso por meio do ocorrido com integrantes da tribo Kayapó, residentes do interior do estado do Pará, foram vítimas de racismo e intolerância advindos de uma passageira do ônibus em que os mesmos estavam, no estado de Goiás, que ameaçou até chamar a policia caso eles não se retirassem do veículo, de acordo com site Pragmatismo Político. Desse modo, percebe-se que a falta de valorização das manifestações dessa minoria, corrobora para atos de intimidação.    Fica claro, portanto, que o povo gentio ainda é marginalizado no Brasil, tanto em relação aos direitos e cultura. Logo, o Supremo Tribunal Federal pode criar uma junta específica para fiscalizar e cobrar do governo Federal a manutenção de demarcações de novas terras e daqui já foram concedidas as comunidades indígenas, a fim de garantir o exercício desse direito previsto na Constituição. Outrossim, o Ministério da Cultura em parceria com a mídia podem criar propagandas valorizando o papel do índio na sociedade, com intuito dos indivíduos e conhecê-los e  conscientizarem da importância dos nativos.