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Enviada em: 19/11/2018

A Constituição Brasileira de 1988 garante no artigo 231, que a cultura, costumes, língua e propriedade dos indígenas devem ser preservadas e protegidas. No entanto, a realidade como vivem os índios é contraditória à lei. Isso se evidencia não só nas invasões de suas terras, como também a forma superficial que as escolas e mídias transmitem os valores desse povo que tanto fez pelo Brasil.       Em primeira instância, é importante ressaltar os crescentes conflitos por disputas territoriais. De acordo com o jornal O Globo, em 2015, no Mato Grosso, cerca de 54 índios foram assassinados pelos fazendeiros que não respeitaram os limites de suas terras. Torna-se notório os crimes cometidos com o objetivo de ascensão capital, ademais sem se preocupar com as pessoas prejudicadas. Logo, é necessária uma atuação mais eficaz do Poder Judiciário e órgãos como a FUNAI a fim de preservar a cultura e o território dos aborígenes.       Outrossim, o setor educacional tem negligenciado a transmissão verdadeira da importância da população indígena na construção da nação brasileira. Prova disso são alguns livros didáticos que retratam a imagem de indivíduos preguiçosos e com costumes diferentes do normal. Consequentemente, esse ensinamento torna sólido no tecido social e, o preconceito em soma com a desvalorização passam a ser práticas costumeiras. Segundo Orlando Villas Boas, a cultura do outro deve ser respeitada, e procurar entendê-la é fundamental. Sendo assim, além de ser ensinado sobre o respeito do outro, é primordial buscar entender o seu modo de vida.       Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para que os índios sejam valorizados e os seus direitos cumpridos. Cabe ao Poder Judiciário, punir aqueles que cometem crimes, não respeitando a demarcação de terras, ademais de forma educativa fazê-los conhecer de perto a cultura da população que estavam destruindo. Por fim, o Ministério da Educação deve incluir disciplinas que ensinam sobre a língua, costumes, religiões e origem da população aborígene, concomitantemente, a mídia desfazer a imagem retrógrada dos índios e evidenciar os seus valores. Assim, a geração futura não terá o mesmo comportamento que a atual e, saberá conviver com a diversidade.