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Enviada em: 19/03/2017

Na primeira geração da Escola Romântica, os índios foram idealizados como herois nacionais, ou seja, que representavam a identidade do Brasil, como no livro Iracema, de José de Alencar. Em contrapartida, a imagem desses perante a sociedade contemporânea encontra-se desvalorizada, e essa desvalorização culminou na perda do sentimento nacionalista, que somada à falta de fiscalização do governo, corroboram para que os indígenas tenham dificuldades para usufruir de alguns dos seus direitos.    Após o surgimento do modo de vida americano ''American way of life'', nos Estados Unidos, que exerceu grande influência no contexto cultural brasileiro, tornou-se perceptível o início da perda do sentimento nacionalista por parte dos brasileiros. Em contraste com o Movimento Antropofágico, que tinha o objetivo de exaltar a pátria, as pessoas incorporaram os hábitos americanos à cultura brasileira e foram gradativamente perdendo as suas raízes e deixando de respeitar questões histórico-culturais.     O passado histórico dos indígenas foi marcado pela exploração e pelo domínio de suas terras pela Coroa Portuguesa, que impôs seus costumes, leis e hábitos aos nativos. Os índios foram expostos À violência e ao desrespeito às suas crenças, tornando-se colônia de Portugal. A fim de corrigir injustiça históricas, o artigo 231 da Constituição de 1988 garante àqueles, a posse de terras que são tradicionalmente deles, e confere ao governo, a fiscalização e proteção de tais bens. Entretanto, a falta de rigor dessas funções por parte do Estado, e a resistência da população sobre as questões indígenas, culminam em situações que o índio encontra-se ''desamparado''.    Segundo o psiquiatra Augusto Cury, ''O sonho de igualdade só cresce no terreno do respeito pelas diferenças.'' Ao contexto, relaciona-se o fato de que para que o Brasil torne-se um país mais justo e igualitário, é necessário que as pessoas saibam respeitar as diferenças, como por exemplo, às questões indígenas, e entender os direitos dos índios. Nesse sentido, faz-se necessário por parte do governo e da FUNAI, o aumento do rigor das leis já existentes e o cumprimento da proteção e promoção dos direitos dos nativos. Além disso, faz-se necessária a criação de programas e propagandas midiáticas, visto que essas são as maiores ferramentas de persuasão, que retratem o passado dos índios e exaltem a sua importância na cultura brasileira. Pela população, faz-se necessária a reflexão sobre o respeito às diferenças e ao passado daqueles que foram os primeiros de nós.