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Enviada em: 18/06/2017

O mito da Idade do Ouro, muito utilizado pelo Hinduísmo, conta a história de uma era na qual a população mundial era completamente indígena e todas as relações entre as diferentes esferas – incluindo os deuses – ocorriam em plena harmonia. Em contrapartida, o processo de socialização do homem implementou o conceito de supremacia cultural e, por esse motivo, é imprescindível discutir-se a valorização da comunidade indígena na contemporaneidade. Nessa perspectiva, é substancial, e ao mesmo tempo factível, reconhecer a importância dos grupos autóctones, o que é corroborado pelas ideias de Jean-Jacques Rousseau e por projetos sociais.        Ao analisar-se a Teoria do Bom Selvagem, constata-se que, na visão de Rousseau, o homem nasce bom, mas sua natureza é corrompida pelo processo civilizador. Analogamente, é possível inferir que os índios não passaram por nenhum procedimento de complexificação das suas relações sociais e, portanto, ainda são livres. Destarte, fica evidente que os nativos não são inferiores à sociedade inserida no mundo globalizado e, outrossim, que a ideologia do Darwinismo Social - ideologia de supremacia cultural – é mera invenção do homem, sendo desconstruído, por exemplo, por teorias como a de Rousseau, que enaltecem a vida indígena em detrimento da filosofia urbana.           Entretanto, apesar do menosprezo à cultura autóctone ser característico de alguns grupos sociais, já existem, atualmente, órgãos que refutam a prática desse comportamento. A Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos, por exemplo, realizou, em parceria com escolas municipais, um projeto de revitalização do Memorial dos Povos Indígenas, oportunidade na qual os alunos puderam interagir com membros de tribos nativas e aprender mais sobre o folclore. Assim sendo, a aplicabilidade de iniciativas como a supracitada torna-se notória e, logo, apresenta-se como um caminho para a valorização desta etnia.          Diante dessa conjuntura, a necessidade de reconhecimento da cultura indígena fica evidente. No entanto, tal cenário ainda não é verificado no mundo contemporâneo e, por esse motivo, medidas devem ser tomadas para sanar o problema. Dessa forma, a mídia deve criar programas, como novelas e documentários, que abordem de modo realista a cultura indígena, a fim de que a população se informe sobre a importância destes indivíduos para a diversidade cultural do país. Somado a isso, concerne às escolas a criação de projetos de leitura e apresentações artísticas relacionadas ao folclore, para que, desde pequenos, os cidadãos já aprendam sobre as riquezas dos costumes nativos e, por conseguinte, passe a respeitá-los e admirá-los.