Materiais:
Enviada em: 27/10/2017

A carta de achamento do Brasil, escrita por Pero Vaz de Caminha ao Reino de Portugal em 1500, é tida para o país como "certidão de nascimento". Contudo, nesse período, tais terras já eram habitadas por aqueles aos quais estas pertenciam. O país passou a ser chamado de América Portuguesa e a posse deste foi tomada pelos colonizadores, não só das terras, mas também, do direito à plena expressão cultural. Ainda hoje, o Brasil encontra-se em um estado no qual a cultura indígena, presente na formação do povo brasileiro, não é valorizada e vivida, seja pela falta de propagação desta, seja pela cidadania brasileira que não atende, de forma eficaz, aos Índios.     Primeiramente, a história do povo indígena e seus costumes, tradições e língua não estão presentes no cotidiano brasileiro. Isso porque, hoje, os Índios não são valorizados nem tidos como parte da construção do povo brasileiro. Prova disso é que não existem, por exemplo, aulas direcionadas a língua indígena nas escolas. Assim como não é comum encontrar música de origem indígena nas rádios.     A população nativa do Brasil por muitas vezes é vista como uma espécie diferente que habita as florestas. Um povo que apenas precisa de reservas para garantir que tenham a posse de seu habitat. Exemplo disso é o preconceito direcionado a estes e ao isolamento social no qual vivem que está intrinsecamente ligado à rejeição e discriminação vindas dos indivíduos que residem, principalmente, nas cidades.       Infere-se, portanto, que o não reconhecimento da cultura indígena é um mal para a sociedade. Diante disso, cabe ao Ministério da Educação introduzir na grade curricular dos alunos a cultura dos Índios, como por exemplo, aulas de Tupi Guarani e de instrumentos musicais indígenas nas escolas, a fim de integrá-los à sociedade brasileira e fazê-los conhecidos. Cabe, ainda, às escolas investir em palestras a respeito da importância indígena na criação da identidade brasileira, objetivamento o desaparecimento do preconceito contra estes povos.