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Enviada em: 30/10/2017

Preservação da identidade cultural brasileira       ‘’...Mas o Brasil vai ficar rico. Vamos faturar um milhão. Quando vendermos todas as almas dos nossos índios num leilão...’’. Na música ‘’Que país é este’’ da banda Legião Urbana nota-se a postura tomada pela cultura do homem branco que fez prevalecer seus direitos em detrimento da cultura indígena, desvalorizando, dessa forma, a população indígena no Brasil. Porém se esquecem de que os índios foram os primeiros detentores das terras brasileiras e carregam consigo a identidade nacional.       No início do século XIX, nasce no Brasil o romantismo e com ele a importância de representar um herói nacional, na qual, a figura do indígena foi escolhida, como visto nas obras como ‘’O Guarani’’ e ‘’Iracema’’. Contudo, a cultura do homem branco nunca deixou de subjugar o indígena tratando-o como inferior e, por muito tempo, os escravizando. Isto posto, evidencia-se o quanto desvalorizavam a cultura e a população indígena, independentemente do vasto conhecimento que esse povo detinha e poderia ser aprendido.         Além do mais, lutas armadas entre latifundiários e nativos persistem atualmente, porém se tornam mais sangrentas, principalmente, para o lado dos índios, os quais, almejam apenas uma porção de terra no território que pertencia a seus ancestrais anteriormente e agora encontra-se nas mãos de grandes latifundiários. Como é o caso das aldeias indígenas da região de Dourados no Mato Grosso do Sul, onde diferentes tribos dividem um pequeno espaço cedido pelo governo e frequentemente reivindicam áreas indígenas que pertencem a grande fazendeiros, os quais respondem de maneira violenta, ocasionando a morte de vários índios.        Portanto, percebe-se que o símbolo do romantismo nacional que deveria ser valorizado finda-se subjugado pelo homem branco, o qual, acredita –erroneamente- ter uma cultura superior. À vista disso, é imprescindível que os governos estaduais e municipais trabalhem juntos para por fim nos massacres provenientes das brigas entre índios e latifundiários, por meio incentivos financeiros à Ongs que visam à preservação da cultura indígena. Além de ampliar a fiscalização das reservas indígenas e juntamente com uma reforma agrária que devolveria as terras a população nativa, para que possam viver com dignidade e harmonia. Dessa forma, preserva-se e valoriza-se a vasta cultura e identidade indígena brasileira.