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Enviada em: 02/11/2017

No período de colonização do Brasil, compreendido entre os séculos XVI e XIX, os primeiros colonos - os europeus -, possuíam uma visão etnocêntrica acerca dos índios, fato que está contido na carta preconceituosa  "Achamento do Brasil", de Pero Vaz de Caminha. Diante tal fato, hodiernamente, muito tem-se discutido sobre a importância da valorização dos povos indígenas no país. Nesse sentido, faz-se necessário conhecer as motivações que levam à essa causa, para, assim, descobrirmos as suas origens.        Segundo Confúcio, pensador e filósofo chinês, a cultura está acima da diferença da condição social. De fato, a pluralidade sociocultural predominante no país é fruto da miscigenação de culturas, dentre elas: a indígena. Posto isso, a desvalorização dessa população nativa demonstra a dificuldade do tecido social em identificar a diversidade, uma vez que, hoje, os indivíduos são reconhecidos pelo poder de crescimento que exerce na nação. No entanto, a preconização estigmatizada de que os habitantes autóctones não possui relevância para a sociedade ocasiona a discriminação destes que pode ser vista mediante atos preconceituosos e violentos. Em síntese, a ausência de conhecimento da  importância étnica dos índios no território brasileiro acarreta na exclusão destes devido seu modo de vida.       Além disso, é importante ressaltar a ineficiência das leis em assegurar os direitos básicos dos indígenas. Diante disso, é instituído na Constituição Federal de 1988, a obrigação do Estado em promover  a educação e a saúde, além de proteger as terras indígenas. Porém, a exiguidade de mecanismos para integrar na comunidade dos nativos torna-se escasso o acesso destes à tratamentos médicos e à escola, além de  tornar propicio a invasão de terras pelos latifundiários a qual ocasiona em muitos casos o massacre de tribos, à guisa de exemplo tem-se a execução de índios na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, em agosto deste ano. Com isso, faz-se necessário regulamentar as leis existentes, para que estes povos sejam valorizados com o devido.       De acordo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Dessa forma, cabe ao Ministério da Educação em conjunto com o Ministério das Comunicações desenvolver políticas socioeducativas nas escolas e sociedades por intermédio de palestras, propagandas e anúncios viabilizando o importante papel do índio para a construção do território nacional, além de estimular o convívio com a cultura indígena a fim de cessar o olhar etnocêntrico da organização social. Ademais, o Ministério da Justiça deve otimizar a aplicação das leis que asseguram essa população de acordo com a Carta Magna, para que os nativos sintam-se seguros mediante seu território.