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Enviada em: 03/11/2017

De acordo com o psicanalista Sigmund Freud, o novo sempre despertou perplexidade e resistência. Dessa forma, a não aceitação dos portugueses em relação a cultura indígena demonstrou o etnocentrismo do povo europeu que ainda influencia a contemporaneidade. Sendo assim, é preciso analisar o papel de descaso da sociedade e do Governo que enaltece apenas os latifundiários.    Em um primeiro plano, a carta sócio- histórica de Pero Vaz de Carminha revela uma visão eurocêntrica. Essa percepção permeia os cidadãos brasileiros que enxergam a comunidade indígena como contos folclóricos. De fato, isso aconteceu por causa da colonização e da imposição da catequese nesses povos, diminuindo assim, a sua valorização cultural e aumentando a discriminação das pessoas que os enxergam como primitivos.    Além disso, o Brasil possui longínquas terras, porém os fazendeiros ao longo dos anos desrespeitaram a delimitação de terras tupiniquins para o agronegócio. Nesse caso, nada foi feito pelo Governo que assinou na Constituição de 1988 o patrimônio cultural de terras marcadas para nativos. Assim sendo, o desaparecimento dessa população não poderá explicar as raízes históricas dos brasileiros que é marcada pelo respeito a fauna e a flora, remédios naturais e superstições.    Torna-se evidente, portanto, que a longo prazo é possível resolver essa problemática. Logo, cabe ao Ministério da Educação, aliado a Ongs, a implementação da grade curricular nas escolas públicas sobre as histórias, lendas e costumes dos povos indígenas. Urge, também, que o Poder Executivo assina uma lei que puna com prisões casos de preconceito e, principalmente invasões a demarcações de terra. Ademais, o Estado em parceria com empresas privadas, deveria construir um museu de história do Brasil abordando os indígenas de uma maneira bem ampla. Só assim, adequando o pensamento de Mahatma Gandhi, o futuro deles dependerá dos atos perpetrados no presente.