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Enviada em: 26/02/2018

O romance de José de Alencar, Iracema, descreve a cultura indígena e a união estabelecida entre o colonizador e os nativos, retratado por meio do romance entre Iracema e Martin. Fora da ficção, tal relacionamento não se mostra tão harmonioso, uma vez que, a visão social para com esse povo é de preconceito sendo, ainda, potencializado pela negligência do poder público. Com isso, é necessário analisar como as raízes da hostilidade afetam essas minorias.   A ideia de “civilizar” o índio vem desde a Carta de Pero Vaz de Caminha a qual os trata como selvagens. Tal herança, deixada pelos portugueses, colaborou com o aumento da exclusão e escárnio pela sociedade até os dias de hoje. Prova disso, são os contos folclóricos os quais ensinam às crianças o conceito de índio como algo mítico. Por consequência, os nativos perdem sua identidade e tornam-se ignorados pela sua terra.  Cabe salientar, ainda, quanto a escassez de proteção e atenção pública para com essa parcela da população. Segundo, previsto na Constituição de 1988 o direito indígena à cultura, moradia e cidadania, no entanto, ainda é constante a violência e ignorância direcionada a esse povo devido lutas por terras. Pode-se citar como exemplo, a fazenda no Vale do Xingu, uma propriedade indígena até então explorada por fazendeiro, o que tem provocado a emigração desses nativos.  Torna-se evidente, portanto, que a causa indígena é uma preocupação social e merece ser atenuada. Diante disso, o Ministério da Educação em parceria com as escolas deve adicionar à grade curricular dos alunos, o estudo da cultura indígena, a fim de desenraizar o preconceito causado pelas cantigas de roda. Ademais, é papel do Ministério da Justiça com apoio da FUNAI proteger e fiscalizar as terras destinadas aos nativos, impondo penas como multas e prisões daqueles que desrespeitarem tal propriedade. Dessa forma, será amenizado a intolerância perante os indígenas, de modo que poderá não haver mais dor como a de Iracema, além de gerar uma sociedade mais igualitária.