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Enviada em: 07/06/2018

Sob a concepção filosófica de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem um mesmo valor, além dos mesmos direitos e deveres. No entanto, percebe-se que, no Brasil, os índios compõe um grupo altamente desfavorecido no que se refere à importância e a valorização da sua população, bem como sua cultura e costumes. Nesse contexto, torna-se evidente a carência de atitudes que visem melhorar tal problemática social.    A princípio, é indubitável que a desvalorização indígena esteja ligada à raízes históricas, principalmente no que tange ao Período Colonial. Segundo o sociólogo francês Émile Durkheim, o indivíduo é moldado de acordo com os ensinamentos que recebe por meio de fatores como coercitividade, coletividade e exterioridade. Seguindo essa linha de pensamento, verifica-se que tais fatores sociais estão intrinsecamente ligados ao modo de viver na América portuguesa e espanhola, o que contribuiu para um pensamento homogeneizado de marginalização e exclusão indígena. Dessa maneira, medidas são necessárias para que esses grupos sejam observados por outro ponto de vista.    Por outro lado, é relevante destacar que a ineficácia da Constituição de 1988 - que garante o mesmo direito e cidadania para todos - põe em cheque a valorização de várias culturas que contribuem para a formação da identidade nacional brasileira. Assim, as terras ''protegidas por Lei'' são violadas e exploradas ilegalmente, a cidadania é negada e as lutas pelos direitos civis, sociais e políticos ainda são grandes. Destarte, torna-se visível que a democracia, para tais minorias, possui apenas um significado: utopia.    É evidente, portanto, que ainda há entraves para solucionar o problema. Logo, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) deve garantir que os direitos dos índios sejam garantidos por meio de constantes reuniões com chefes de tribos, a fim de reintegrar socialmente esse grupo. Como já dito por Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Assim, o Ministério da Educação (MEC) junto com pais e responsáveis devem promover reuniões e palestras em escolas que discutam sobre a importância da valorização do indígena na sociedade atual, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus e passe a honrar a percepção de igualdade proposta por São Tomás de Aquino.