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Enviada em: 07/06/2019

Segundo Albert Schweitzer, filósofo alemão, "Vivemos em uma época perigosa. O homem domina a natureza antes que tenha aprendido a dominar a si mesmo". No tocante a tal frase, é notável a contextualização com o comportamento ambiental global, sobretudo no Brasil, posto que a destruição exponencial de ecossistemas gigantescos está disseminada nos setores líderes da sociedade. Isso ocorre, ora pelo acanhamento da população brasileira, ora pela inibição governamental perante a assuntos de extrema relevância. Assim, hão de ser averiguados tais aspectos, a fim de que se possa dizimá-los de maneira eficaz.       A priori, é imperioso destacar que o desenvolvimento sustentável no Brasil, é fruto do ambiente apático dos cidadãos brasileiros no combate a políticas agressivas ao meio ecológico. Esse cenário se evidencia, por exemplo, quando importantes ONGs, como o GreenPeace, são ridicularizadas quando atuam por meio de abaixo-assinados, protestos e outros meios. O ensino público também contribui para a ignorância massificada, tratando problemas ambientais como algo distante e hipotético. Logo, é substancial a alteração desse quadro que vai de encontro ao desenvolvimento sustentável brasileiro.       Outrossim, é vital pontuar que sustentabilidade brasileira encontra, ainda, barreiras na indiferença estatal, que inclusive produz legislações de modo contracorrente ao meio ambiental, pondo em risco a biodiversidade brasileira exposta em biomas como o Cerrado e a Caatinga. Isso se torna mais claro, por exemplo, com o amplo enfraquecimento institucional do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com a repartição de competências, como o anúncio de que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) anunciará previamente em que local realizará fiscalizações, com o objetivo de dificultar a mesma e esvaziar fundamentos da política ambiental, como a participação social e o acesso a informação. Ora, se  a instituição do Estado age de maneira irresponsável e auto-destrutiva a todos, entende-se, assim, o porquê da dificuldade da implantação de políticas sustentáveis. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura de forma urgente.       Depreende-se, portanto, a necessidade de ressaltar a importância do desenvolvimento sustentável no cenário brasileiro. Para tanto, cabe ao governo vigente a reimplantação das atribuições originários do MMA, de modo que o mesmo insira de modo rigoroso a interferência estatal nas fiscalizações ambientais. Ademais, cabe ao Ministério da Educação, por meio da aplicação de verbas tributárias, a implantação de disciplinas fulcrais no currículo escolar, como a de Sustentabilidade, de forma a erradicar a desinformação ambiental no âmbito civil. Quiçá, desse modo, tal perspectiva se alinhará de modo a refutar ao proposto por Schweitzer.