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Enviada em: 08/06/2019

Sediada no Rio de Janeiro em 2012, a Rio +20 - conferência da Organização das Nações Unidas que trata da sustentabilidade aliada à globalização - representa um marco no reconhecimento, por parte dos países, da importância de debater alternativas para um crescimento que respeite a natureza. Contudo, no Brasil, é comum ver a importância do desenvolvimento sustentável ser relativizada por grupos que, economicamente, têm interesse na exploração dos recursos tupiniquins. Nesse sentido, em uma nação conhecida pela riqueza natural, torna-se necessário discutir sustentabilidade. Assim, é lícito afirmar que o desenvolvimento sustentável no Brasil é prejudicado, ora em função da ineficiência estatal, ora pela postura irresponsável de parte das organizações privadas.       Em primeiro lugar, evidencia-se a inércia governamental no que se refere ao incentivo à substituição de combustíveis fósseis por energia limpa, a título de exemplo. Essa lógica é demonstrada pela inexistência de políticas públicas de estímulo ao uso de automóveis elétricos e a instalação de energia solar em residências. Ou seja, o Estado, maior responsável pela administração dos recursos naturais do país, falha ao não oferecer alternativas ao petróleo, extremamente prejudicial à atmosfera, e à energia elétrica advinda das hidrelétricas, que causam bastante impacto ao ecossistema. Logo, é essencial a alteração desse quadro, que está no sentido contrário das ações de países desenvolvidos.     Outrossim, é imperativo pontuar que parcela das empresas no país não têm interesse em desenvolver uma indústria sustentável, no que concerne ao investimento em tecnologias menos poluentes. Nesse contexto, em nome da maximização do lucro e redução de custos, as organizações optam por utilizar mecanismos convencionais mais baratos, como a combustão em caldeira. Em decorrência dessa industrialização selvagem, cursos fluviais são poluídos, caso do rio Tietê em São Paulo, e a atmosfera sofre com a emissão de gases, que resulta em doenças respiratórias. Nota-se, assim, a urgência em executar medidas sustentáveis ao setor industrial brasileiro.       Infere-se, portanto, que incentivar e promover um desenvolvimento sustentável é dever do Estado e do setor privado. Posto isso, o Ministério do Meio ambiente deve, a fim de popularizar o uso de energia limpa e reduzir as emissões de gás carbônico, atrair para o país, por meio de incentivos fiscais, montadoras de carros elétricos e indústrias produtoras de placas solares de baixo custo. Essas empresas devem visar abranger o maior número de brasileiros possível e, para isso, devem trabalhar com produtos a baixo custo. Ademais, o Ministério da Fazenda deve também oferecer incentivos fiscais para indústrias já existentes no país que estejam dispostas a implantar tecnologias menos poluentes. Desse modo, o desenvolvimento sustentável terá sua importância reconhecida no Brasil.