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Enviada em: 10/06/2019

No filme "O dia depois de amanhã", o planeta começa a vivenciar uma catástrofe devido às mudanças climáticas, a qual coloca em xeque a vida de grande parte da população. Fora das telas, o cenário não é tão distante da ficção, pois, caso não haja uma urgente mudança de hábitos, o risco de um colapso mundial é grande. Nesse sentido, percebe-se a importância da adoção do desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo em que se observa uma inoperância estatal diante do tema e uma falha educacional que contribui para o agravamento do problema.        A princípio, é preciso ressaltar a necessidade da responsabilidade do Estado perante a questão. Sob esse aspecto, com apoio estatal, é possível evitar graves consequências como as que já vêm sido observadas no Brasil, como, por exemplo, o rompimento de barragens de minério como o que ocorreu em Brumadinho, matando mais de duzentas pessoas. Nesse contexto, não é viável, nem positivo para o PIB que se deixe de utilizar recursos minerais, mas é absolutamente possível a adoção de uma exploração sustentável, equilibrada, responsável e que não coloque o lucro acima de tudo. Desse modo, o papel do governo é fundamental em relação à criação de uma legislação que limite e vistorie as grandes empresas, as quais lidam com recursos do meio ambiente.       Somado a isso, convém incluir a deficiente educação sobre esse viés nas escolas brasileiras. Nessa conjuntura, uma das razões para o excesso de poluição, consumo inconsciente ou falta de reciclagem, encontra-se na rasa educação ambiental existente em sala de aula. Dessa forma, muitos jovens se formam sem ter consciência do impacto do lixo gerado, ou de quais maneiras ele pode agir para contribuir com o desenvolvimento sustentável do planeta. Dentro desse espectro, o filósofo Pitágoras disse que "é preciso educar as crianças, para que não seja preciso punir os adultos". Essa punição, por sua vez, virá da própria natureza, caso não haja uma mudança por parte de toda a população.       Torna-se evidente, portanto, a importância do desenvolvimento sustentável no cenário atual. Para ajudar nessa empreitada, o Congresso Nacional deve criar uma legislação que regule a atividade extrativista. Isso pode ser feito com a adoção de parcerias público-privadas, que forneçam incentivos fiscais para empresas cuja política se enquadre em diretrizes autossustentáveis, de modo a impedir a exploração exagerada. Ademais, cabe à Secretaria de Educação o investimento em educação ambiental, mediante preparação dos professores com cursos ministrados por biólogos e pedagogos, com vistas a aprenderem maneiras lúdicas de passar os ensinamentos sobre impactos antrópicos na natureza e mudarem o comportamento dos jovens. Assim, o futuro do planeta se tornará seguro e apocalipses ambientais, presentes apenas nos filmes.