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Enviada em: 08/06/2019

A consolidação da Primeira Revolução Industrial, em meados do século XIX, representou uma transformação abrupta no modo de produzir, comercializar e consumir, introduzindo a segunda faze do capitalismo e findando com as poucas práticas sustentáveis que o capitalismo mercantil conservava.Atualmente, em meio a terceira revolução da indústria o mundo se vê na iminência de um colapso energético e de matéria-prima, de modo que reduzir o impacto ambiental do desenvolvimento tornou-se regra.Mediante essa necessidade global de mudança o Brasil deve voltar-se para a preservação de ambientes devastados e à defesa da Floresta Amazônica.    Primeiramente, vale ressaltar que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, o cerrado brasileiro possui cerca de metade de sua área original, enquanto a Mata Atlântica apenas 4%.Essa áreas representam o habitat de inúmeras espécies endêmicas, as quais dependem da preservação e reestruturação do ambiente para manterem-se longe do risco de extinção. A região de Mata Atlântica remanescente é protegida enquanto Area de Preservação Permanente (APP), porém o cerrado, em função da expansão da fronteira agrícola propiciada pelo desenvolvimento de tecnologias como a calagem e da mecanização do campo, fruto da denominada "Revolução Verde", sofre com o desmatamento e queimadas.    Ademais, a Floresta Amazônica, representando um ambiente rico em madeira e minerais metálicos e com grande potencial energético-hídrico e de pastagem, atrai a atenção de inúmeros investidores que veem nessa área a oportunidade de lucro. Porém, tanto o extrativismo, quanto o aproveitamento energético ou para pecuária implicam na destruição da flora da floresta, a qual, em função da elevada taxa de evapotranspiração , atua na regulação climática de toda a América Latina. Assim, devastá-la significa, além de colocar em risco inúmeras espécies, alterar o regime pluviométrico e a temperatura em mais de 10 países, implicando na produção agrícola, manutenção de outros biomas e condição de cursos d´água.    Portanto, o desenvolvimento sustentável no Brasil deve conciliar diversas atividades, em especial aquelas relacionadas ao campo, com a preservação dos ecossistemas. Para que isso seja possível a expansão agrícola sobre o Cerrado deve ser reduzida com o investimento, por parte do Estado, na modernização da produção a fim de aumentar a produtividade por área e eliminar a necessidade de ampliação dos cultivos. Além disso, a região da Floresta Amazônica  deve manter-se inalterada, porém, para que represente ainda uma fonte de desenvolvimento o Governo Federal deve investir na popularização desta enquanto espaço para o ecoturismo.