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Enviada em: 28/06/2019

Desde o final da Guerra Fria e a consequente consolidação do capitalismo, o desejo insaciável por bens de consumo é um aspecto comum em grande parte das nações do planeta. Diante disso, a demanda de produção crescente culmina na extração e devastação dos recursos naturais da Terra. Nesse viés, o Brasil é um dos países que se vê em um cenário preocupante, seja pelo consumo impensado e exacerbado de produtos de diversas categorias, seja pela fabricação de tais que, em determinados casos, são oriundos de substâncias altamente poluentes e que demoram um longo tempo para se decompor na natureza. Sendo assim, é preciso analisar esses entraves a fim de solucioná-los.   Em primeiro plano, cabe salientar o comportamento consumista como um fator que compromete o desenvolvimento da sustentabilidade no país. Nesse sentido, todo indivíduo que atua de modo compulsivo ao efetuar a compra de itens dos quais, muitas vezes, não tem real necessidade, gera o acúmulo de bens que para serem produzidos requereram a utilização de recursos naturais que não retornarão à natureza. Logo, a inconsciência do consumidor corrobora a aceleração da degradação ambiental. Por conseguinte, de acordo com o autor brasileiro André Carvalhal, a era atual exige uma mudança urgente no comportamento tanto do consumidor quanto das empresas para que o bem-estar dos cidadãos do futuro seja viável.   Em segundo lugar, é válido ressaltar as consequências da produção e aquisição de itens que levam em si substancias nocivas à biodiversidade. Nessa perspectiva, os produtos compostos por poliéster (substância derivada do petróleo), por exemplo, quando entram em contato com a água ou com o solo liberam micropartículas de plástico que têm alto potencial de contaminação e podem chegar aos lençóis freáticos, comprometendo os corpos aquáticos e a diversidade de animais que neles habitam. Em razão disso, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o oceano apresenta atualmente uma taxa de poluição plástica dez vezes superior em relação às décadas passadas.   Diante desses problemas, depreende-se que o desenvolvimento sustentável é uma questão a ser fomentada no Brasil. Para tanto, cabe às ONGs desse segmento propagar atitudes práticas e indispensáveis para a sustentabilidade, como o melhor aproveitamento de itens já possuídos e alternativas conscientes de consumo e descarte, por intermédio de palestras em escolas e empresas, além de vídeos sobre o tema publicados nas redes sociais, adaptados a todas as faixas etárias. Tais iniciativas devem alertar e iniciar os cidadãos brasileiros em ações em prol do desenvolvimento sustentável. Feito isso, o país poderá avançar significativamente nesse quesito e contribuir com o bem-estar do futuro da nação.